Não demorou uma hora desde a primeira notícia de que a Polícia Federal estava cumprindo mandados de busca e apreensão no gabinete do senador Ciro Nogueira (Progressistas) para que a comunicação de campanha do governador Wellington Dias (PT) "roesse a corda". O petista já foi aconselhado a adiar por tempo indeterminado uma agenda conjunta que teria início na próxima semana entre ele e o presidente nacional do Progressistas.
A informação que vem dos corredores do Karnak é a de que Ciro e Wellington fariam uma rodada de entrevistas em rádios e TVs do Piauí a partir da próxima semana. A pauta seria os empréstimos junto à Caixa Econômica Federal e a repercussão da pesquisa Amostragem, que apontam cenários surpreendentemente positivos para ambos.
A agenda positiva estava sendo trabalhada há algumas semanas. Era prevista um troca de afagos e elogios mútuos para engajar a militância dos dois partidos -- petistas resistem ao voto em Ciro e progressistas estão cansados das ordens de serviço sem validade de Wellington -- e sacramentar a união dos partidos.
A notícia de que a PF bateu à porta do gabinete de Ciro na manhã desta terça-feira (24) mudou o comprometimento da campanha de W. Dias.Assessores do petista avaliam que os problemas de Ciro na Lava-Jato podem"contaminar" a campanha de Wellington, em boa parte baseada no apelo do golpe e na vitimização de Lula.
Petistas acreditam que a movimentação não é boa também para o senador. Segundo a fonte, que preferiu não se identificar, Ciro precisará mais de Wellington com uma boa imagem em um momento mais próximo da campanha."Poderemos fazer mais por ele do que é possível fazer agora",argumentou.
Entramos em contato com as assessorias de W.Dias e Ciro, mas não houve resposta até a publicação desta nota.
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