O governador Wellington Dias (PT) busca aumentar a base aliada na Câmara de Vereadores de Teresina. Pré-candidato à reeleição, ele trabalha para se aproximar dos parlamentares insatisfeitos com o prefeito Firmino Filho (PSDB).

Wellington tentaria se beneficiar do crescimento da oposição ao tucano, depois da eleição da Mesa Diretora da Casa. Os vereadores aprovaram a reeleição e Jeová Alencar sem o consentimento de Firmino. Sentindo-se traído, o petista “expulsou” alguns vereadores da base.

Fora do grupo de Firmino, esses parlamentares estariam mais abertos a um acordo com  o Palácio de Karnak. Hoje a oposição conta com nomes como Dudu (PT), Deolindo (PT), Cida Santiago (PHS), Zé Nito (PMDB) e Major Paulo Roberto (SD). Nomes como Joaquim do Arroz (PRP) e Dr. Lázaro (PPS) preferem se declarar “independentes”.

O líder da oposição na Câmara, vereador Dudu (PT), afirma que o governador já possui um grupo unido na Câmara desde o ano passado. “Em 2017 o governador sentou e conversou com alguns vereadores. Os que não estiveram presentes naquele encontro começam a ser ouvidos agora. O governador tem uma boa relação com a Câmara e tem contribuído muito com Teresina”, declarou.

Dudu avalia que a relação entre Firmino e a Câmara deve ser mais difícil. Ele afirma que o prefeito tem adotado uma postura de “perseguição” e criado desafetos com muitos vereadores.

“O Firmino não separa o político do pessoal. Ele tem perseguido vereador até de forma pessoal. Fez isso com o vereador Luís André e outros parlamentares. Isso tem deixado muitos vereadores insatisfeitos. Essa postura do Firmino vai se refletir na Casa este ano”, declarou.

No final de semana, o vereador Joaquim do Arroz esteve reunido com o governador Wellington Dias, no sítio do petista. Ele foi convidado a ingressar no grupo de vereadores aliados de Wellington. Fora da base de Firmino, ele não recusou a proposta.