O secretário de Planejamento, Antônio Neto, discutiu com os deputados estaduais a elaboração da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2017. Durante o debate, ele apresentou as previsões econômicas para o próximo ano e disse que a situação é preocupante. O secretário explica que a queda das receitas implica diretamente nos investimentos de áreas consideradas fundamentais como saúde e educação.
Segundo ele, a previsão é que o estado feche o ano com o déficit primário em torno de R$ 729 milhões. “Aguardamos o resultado do fechamento da receita para preparar a Lei Orçamentária Anual (LOA). Mas já é possível fazer previsões de que teremos um resultado primário negativo de R$ 792 milhões. A possibilidade dessa crise econômica prosseguir preocupa o governo”, declarou.
Antônio Neto afirma que uma das preocupações do governo é com o rombo da previdência. Segundo ele, o valor pode chegar a R$ 1 bilhão até o final do ano. “A previdência tem um gargalo com rombo de R$ 1 bilhão. O estado tem que retirar dinheiro de outras áreas para cobrir. A sociedade é quem paga a conta. Temos que estancar o déficit. Precisamos criar mecanismos e encontrar outras formas de buscar recursos para pagar os aposentados e inativos”, destacou.
A Lei de Responsabilidade Fiscal é outra preocupação do estado. O governo descarta qualquer possibilidade de aumentar salários de servidores e afirma que já ultrapassou o limite prudencial com os gastos com folha de pagamento. Ele adiantou que os investimentos vêm diminuindo a cada ano, que em 2016 chegarão a menos de R$ 400 milhões e que o Estado terá apenas R$ 30 milhões em 2017 para dar reajuste ao funcionalismo, pois a preocupação é cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Antônio Neto declarou que o cenário para 2017 é preocupante devido a crise financeira que atinge o país, o que fará com que as receitas correntes líquidas do Piauí tenham um crescimento nominal de 5% abaixo da inflação, totalizando R$ 9,5 bilhões, enquanto a previsão é de um crescimento real negativo.
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