O presidente estadual do PMDB, deputado Marcelo Castro, falou sobre a proposta do ex-ministro João Henrique Souza (PMDB), do partido realizar convenção extraordinária para decidir os rumos da legenda em 2018. Ele aposta que a sugestão de candidatura própria será recusada pela maioria do partido.

Marcelo afirma que a vontade dos parlamentares do PMDB é cumprir acordo que teria sido firmado com o governador Wellington Dias (PT) ainda em 2016. Eles ingressaram no governo com o compromisso de trabalhar pela reeleição do petista em 2018.

“O João Henrique comunicou à Executiva do partido que em setembro vai entrar oficialmente com pedido de convenção extraordinária. Se for aprovada, ela deve ocorrer em janeiro. O partido vai decidir se terá candidatura própria ao Governo do Estado ou se vai continua no governo. O deputado federal e os seis estaduais querem continuar no governo. Então acredito que por ampla e expressiva maioria o PMDB vai manter a decisão de apoiar Wellington Dias na sua reeleição”, afirmou.

O deputado afirma que não seria justo o PMDB romper o acordo com Wellington. “Quando Wellington fez o convite para o PMDB participar da sua administração foi uma das coisas que mais discutimos. Não faria o menor sentido estarmos fora do governo, ingressar em 2017 e em 2018 voltar a sair. Ninguém entenderia e nem teríamos como explicar isso. Ficaria muito mal. Iria parecer que o PMDB não sabe o que quer e nem o que está fazendo. Foi uma coisa muito discutida e a decisão é continuar no governo”, disse.

Sobre as insatisfações de lideranças do interior, Marcelo afirma que nenhum partido possui filiados 100% satisfeitos. “Um partido afirma que está 100% satisfeito com o governo que apoia é muito difícil. Ainda mais o PMDB que agora que entrou no governo. É evidente que sempre haverá alguém reivindicando mais espaço e mais voz. Isso é natural e um processo normal. Não vou negar que isso esteja acontecendo. Eu já participei de vários governos como Alberto Silva e Mão Santa e havia insatisfação dentro de um governo que era do próprio PMDB. Imagina em um governo que é de outro partido e que a base do PMDB não votou nele”, afirmou.

FUTURO

Marcelo Castro diz existir dois caminhos para o PMDB na chapa de Wellington Dias: Senado ou vice. O nome dele é cotado para ser candidato ao Senado. “Existe quatro cargos em disputa na chapa majoritária. O de governo e um de senador já estão ocupados. Pode se discutir o vice e o outro de senador. O PMDB espera é que o partido participe da chapa majoritária. Um partido com a força, dimensão e história como o PMDB não faz sentido ficar em uma coligação e ser excluído da chapa. Vamos sentar à mesa no momento oportuno e discutir a participação do partido”, declarou.