A bancada do MDB na Assembleia Legislativa do Estado irá se reunir na tarde desta segunda-feira (08) com o presidente da Casa, deputado Themístocles Filho. Será um almoço que terá como prato principal a discussão sobre a vaga de vice na chapa de reeleição do governador Wellington Dias (PT).
O MDB disputa a vaga com o Progressistas, que tem como presidente nacional o senador Ciro Nogueira, importante aliado de Wellington. Os emedebistas evitam polemizar com Ciro, depois que o progressista cobrou respeito pelo tamanho do partido, que possui mais de 70 prefeitos, mas garantem que sem Themístocles não farão parte da chapa do petista.
Em entrevista ao Política Dinâmica, o líder do MDB na Assembleia, deputado João Madison, afirma que prefeito é importante, mas não é tudo. Ele lembra que o MDB tem a maior bancada da Assembleia e trabalha para manter essa marca em 2019. Segundo Madison, Ciro deve lembrar que existem outros fatores que definem uma eleição.
“O MDB está coeso. Vamos ter uma reunião de toda a bancada do partido. Tivemos uma conversa com o governador na semana passada, eu estive presente com o presidente Themístocles Filho e marcamos uma nova conversa para quando o presidente do MDB no Piauí, deputado Marcelo Castro, chegar de viagem à China. Ter prefeito é importante, mas não é tudo. O MDB tem a maior bancada de deputados e vai manter isso em 2019. Outros fatores também pesam na decisão do governador”, afirmou.
João Madison lembra de outras eleições para mostra que a estratégia de Ciro Nogueira pode ser equivocada. Segundo ele, o Progressista tem que lembrar de combinar com o povo.
“Participamos da eleição do Mão Santa em 1994 e ele venceu com três prefeitos. Na primeira eleição, Wellington tinha quatro prefeitos. Eu gosto de prefeitos, tenho meus prefeitos, mas ter a maioria do interior não é tudo. A eleição do Wilson Martins, em 2014, é outro exemplo. Ele tinha praticamente todos os prefeitos do Piauí e quem venceu foi Elmano. Tem que conversar com o povo. Em 2017 foi um ano de problemas sérios. É natural que muitos dos prefeitos busquem esse apoio do senador Ciro. Você tem que ter o cheiro do povo, tem que ter o povo”, diz.
O líder do MDB diz não fazer críticas a Ciro, mas afirma que o contexto até outubro pode mudar.
“O MDB não tem essa quantidade de prefeitos, mas terá a maior bancada na Assembleia. Com nossos prefeitos e com outras pessoas, que não são prefeitos, vamos fazer isso. Não podemos menosprezar esses outros lados que existem. Não critico Ciro, mas apenas falo o que aconteceu no Piauí. Prefeitura não é tudo. É importante, mas não é tudo. O Dr. Pessoa está na frente nas pesquisas para senador e não tem uma prefeitura. Dentro de Teresina é muito bem avaliado como candidato a senador. Isso vai dura? Não sei, porque política é dinâmica e pode mudar. O que falo hoje, amanhã pode mudar. O Ciro é trabalhador, um dos melhores senadores que tem, mas sabemos que no momento da eleição, as pessoas podem escolher outro. Isso é normal, faz parte da democracia. Tenho absoluta certeza que o governador saberá trabalhar isso muito bem. O MDB vai acompanhar o que o governador decidir”, afirmou.
O deputado revela que o governador já deverá ter uma chapa mais ou menos definida em fevereiro, mas o anúncio só deve ocorrer depois de abril. “A base não coloca um prazo para o governador. Até o carnaval, acredito que isso deve estar decidido. Mas o mês de fevereiro é o prazo normal para tirarmos as bandeiras e começarmos a trabalhar. Acho normal que as bandeiras possam ser colocadas no ar. É um momento para trabalharmos”, declarou.
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