O presidente do Podemos no Piauí, deputado federal Silas Freire, criticou a defesa feita pelo presidente estadual do PT, deputado Assis Carvalho, à formação de um “chapão” proporcional entre os partidos da base aliada. Para Silas, as legendas menores têm o direito de se dividirem em chapas menores.

Segundo ele, o Podemos vai seguir o caminho que for melhor para a sigla e não o que for de interesse do PT, partido do governador Wellington Dias. Ele defende a proporcionalidade para garantir a defesa das ideologias partidárias.  

“O povo nem entende essa história de chapão. A proporcionalidade existe para proporcionar chance às ideologias partidárias. Eu defendo a proporcionalidade, então não posso defender chapão. Eu votei a favor da permanência da proporcionalidade, agora eu vou defender um chapão porque o Assis Carvalho quer? Eu já disse que o Assis manda lá no PT, no Podemos quem comanda somos nós”, declarou.

Proporcionalmente, o Podemos deve seguir o grupo formado pelo PTC e PCdoB. “Tenho um pré-compromisso com alguns partidos políticos que seriam o PTC do Evaldo, o PCdoB e outras siglas, pincipalmente, na chapa proporcional de deputados federais. Mas surgiram alguns problemas e o PR não tem mais interesse ou foi convencido pelo governo. Levado a isso, o Podemos vai decidir em março qual a composição que fará em chapa majoritária”, disse.

Isso significa que o apoio do partido à reeleição do governador Wellington Dias não está garantido. Há no Podemos, setores interessados em apoiar a possível candidatura do ex-senador João Vicente Claudino ao governo do Estado.

“Nós temos um compromisso com o governador Wellington Dias feito na eleição passada. Porém, nesta eleição, temos integrantes do Podemos que não querem votar no governador. Há integrantes do partido que querem uma convenção para saber se continuamos ou não ele. São pessoas que estão fortemente inclinadas na candidatura do ex-senador João Vicente Claudino (Sem partido). Eles pertencem a ala do Norte e de Floriano, são muitos. O ex-senador é forte em qualquer circunstância. O cara que passou oito anos no Senado e saiu sem mancha”, afirma.