A insatisfação demonstrada pelo deputado, João Madison (PMDB), com o impasse na criação do Programa de Combate à Pobreza Rural (PCPR) seria apenas a ponta do iceberg. A insatisfação com o Governo de Wellington Dias voltou a ser a pauta dos encontros do PMDB.

O motivo da irritação peemedebistas não seria o PCPR, mas na verdade a secretaria de Saúde. A informação que tem circulado nos corredores do Palácio de Karnak de que o senador, Ciro Nogueira (PP), e o deputado federal, Assis Carvalho (PT), teriam chegado a um acordo para indicar um nome para a secretaria gerou revolta dentro do PMDB.

O ex-prefeito de Parnaíba, Florentino Neto, seria o indicado para o cargo. No acordo que teria sido acertado, em Brasília, PT e PP dividirão o cargo. O PMDB se sentiu preterido e tenta evitar a mudança. O partido quer que o deputado Pablo Santos, que irá para a Fundação de Saúde, na verdade assuma a secretaria.

No PMDB, a estratégia seria iniciar uma pequena, mas barulhenta insurreição contra os cargos que o partido recebeu no Governo. A reclamação sobre o PCPR seria apenas o começo. Há a informação de que a decisão do ex-governador, Wilson Martins (PSB), de tentar barrar a posse de Pablo na Fundação tenha caído como uma luva para os peemedebistas, que querem a secretaria de Saúde.

Se Pablo não tiver condições jurídicas de assumir a pasta, o partido terá mais uma arma para pressionar Wellington Dias pela secretaria de Saúde. O PMDB reclama que tanto no PCPR quanto na Fundação de Saúde não teria autonomia para trabalhar. O PT tentaria manter o controle sobre as duas pastas. Isso o partido não aceita.

[Atualização às 17h52 de 22/03/2017]
Entrando em contato com o Política Dinâmica, o deputado estadual Pablo Santos garantiu que, após a posse simbólica na Fundação de Saúde, não irá ocupar nenhum outro cargo. Ou será este, ou permanece na Alepi.