DELAÇÃO APONTA ESQUEMA DE CORRUPÇÃO NA OBRA DO PORTO

Esquema de corrupção explicaria porque a obra não sai do papel (Foto: Ascom/CCOM -PI)

A delação premiada realizada pelo engenheiro Anderson Castelo Branco pode explicar porque a obra do porto de Luís Correia nunca saiu do papel. A resposta para tamanho atraso parece ser a corrupção. O engenheiro é investigado por supostamente participar de um esquema que desviou milhões da obra. Ele denuncia a participação de ex-secretários de governo do Piauí.

O engenheiro apontou como supostos integrantes do esquema os ex-secretários de Transportes do Piauí, Luciano Paes Landim, Alexandre Nogueira e Norma Maria. Os três negam qualquer envolvimento e afirmam desconhecer a formação de qualquer esquema para desviar recursos da obra.

Porém, a delação do engenheiro, que era responsável por fiscalizar a obra e realizar as medições, aponta como teria sido o envolvimento dos citados. O Ministério Público Federal pede o ressarcimento de R$ 11,5 milhões aos cofres públicos. O responsável pelo caso é o procurador, Kelston Lages.

Luciano Paes Landim é acusado de fraudar licitações para a construção da obra. O objetivo seria beneficiar o consórcio Staff. O outro acusado, Alexandre Nogueira, foi apontado como responsável por ter realizado pagamentos indevidos e também ter ajudado na prática de fraudar licitações. A ex-gestora, Norma Maria, é acusado de ter conhecimento das ilegalidades e não ter tomado as medidas cabíveis para a punição dos responsáveis.

O procurador da República Kelston Lages falou sobre a existência de um esquema envolvendo o poder público e empresas privadas. “É possível observar que de fato existia um esquema entre os envolvidos. O esquema reunia tanto gestores públicos como pessoas ligadas às empresas que participavam ou tinham interesse em participar da obra”, destacou.

A reportagem tentou entrar em contato com os três acusados, mas não obteve resposta. 

(Com informações do jornal O DIA)

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