'Buscar origem dos honorários, é tentativa de criminalizar advocacia criminal', diz Lucas Villa

Durante os dias 4 e 5 de outubro o Centro Universitário Uninassau Teresina realizou o I Congresso Piauiense de Direito e Sociedade, reunindo no auditório do TRT-PI diversos palestrantes de todo o Brasil.

Dentre os vários temas abordados, a Lavagem de Dinheiro, abordado pelo professor criminalista Lucas Villa. Após expor o entendimento de várias teorias sobre o assunto, o professor, em resposta ao questionamento do acadêmico Carlos Dias, explicou como deve ser tratada a questão da lavagem de dinheiro quando os honorários advocatícios são oriundos de atividade ilícita do cliente.

"Esse é um assunto importantíssimo e pode significar um impacto sério da advocacia criminal. Isso seria um tratamento nada isonômico entre o advogado e qualquer outro profissional do mundo. Eu não tenho que controlar dinheiro de quem vai me contratar. Ninguém, nenhum prestador de serviço controla dinheiro de quem vai lhe contratar. Então, isso me parece que é uma tentativa cruel, terrível, infame, maldita, perversa, nojenta, asquerosa, lastimável de tentar criminalizar a advocacia criminal. Isso é perigosíssimo por um motivo muito simples: o advogado fala em nome de seu cliente, ele não fala em nome próprio. Uma sociedade em que a advocacia não tem liberdade para ser exercida, é uma sociedade que não pode ser chamada minimamente de democrática, é um estado que não pode ser chamado minimamente de estado democrático de direito. E se você tolhe a atividade do advogado e o impede de trabalhar, você inviabiliza o acesso punitivo estatal. Perigosíssimo", frisou Lucas Villa.

O evento contou ainda com diversos palestrantes como o professor e advogado Marcelo Leonardo e o escritor civilista Flávio Tartuce, além de diversos professores da Uninassau como Rossana Diniz, Frank Aguiar, Jarbas Avelino.

Acadêmicos de Direito do 10º período/noite Ulisses Melo, Júnior Sindô, Carlos Dias, André Aguiar e Crispim Neto prestigiaram o evento

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