PARA EVALDO GOMES, NOMEAÇÃO DE MOREIRA FRANCO É “MANOBRA” DE TEMER

Evaldo vê a nomeação de Moreira Franco como "manobra" de Temer (Foto: Jailson Soares | PoliticaDinamica.com)

Por Ananda Oliveira e Marcos Melo

A nomeação de Moreira Franco ao cargo de ministro da Secretaria-Geral da Presidência reacende o debate em torno do foro privilegiado, que se apresenta nesse contexto como instrumento político. A imprensa e a própria população tem relembrado a nomeação de Lula para a chefia da Casa Civil, em março de 2016. Dois dias depois a nomeação foi suspensa pelo ministro do STF Gilmar Mendes.

Para muitos, isso iguala os dois governos e mostra as intenções das jogadas feitas no tabuleiro dos cargos de confiança. Na maioria das vezes, palco de troca de favores e “pagamento” de dívidas políticas.

Moreira Franco, o novo ministro de Temer, também é citado na Lava Jato (Foto: Antonio Cruz | Agência Brasil)

O que iguala os dois casos também é o fato de que os dois nomeados – Lula e Moreira Franco – serem alvos da Operação Lava Jato e citados em delações. Isto é o que mais incomoda a opinião pública. O próprio mundo político também avalia de forma negativa a indicação – ou parte deste universo. Partidos como o PT, PSOL e Rede Sustentabilidade já protocolaram ações contra a designação de Temer.

No Piauí também há descontentamento. O deputado federal Assis Carvalho (PT) afirmou, por meio de rede social, que “quando Lula foi nomeado por Dilma, Gilmar Mendes impediu a nomeação dele. E Lula nem era réu. Chega de dois pesos e duas medidas”.

Em entrevista ao Política Dinâmica, o deputado estadual Evaldo Gomes (PTC) também comentou o caso. Para ele, esta é uma “manobra” do presidente Temer para manter Moreira Franco “longe do Moro e da Lava Jato”.

Segundo reportado pelo Estadão, Moreira Franco disse, durante a cerimônia de posse, que seu caso é diferente de Lula: “há uma diferença. Eu estou no governo, eu não estava fora do governo”. Para Temer, a nomeação é “mera formalidade”, já que Moreira Franco exercia informalmente a função como secretário executivo do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI)

Fato é que o desenrolar desse novo caso com certeza ainda vai gerar outras polêmicas e incertezas no jogo político.

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