Fábio Novo, “meça suas palavras, parça!”

A indignação do deputado estadual petista, Fábio Novo, causou e causa espécie entre todos. Partidários ou não, estão estupefatos com a coragem do parlamentar em criticar abertamente a presidente Dilma Rousseff, por ocasião da demissão de Nelson Antonio Souza, que presidiu o Banco do Nordeste.

O deputado mostrou toda a sua revolta pela atitude política que há de trazer graves consequências ao Piauí. Recentemente, o ex-presidente do BNB anunciava que havia muito dinheiro para financiar obras públicas para o estado. Certamente, muitos foram pegos de calças curtas e tiveram seus anseios e planos frustrados com a saída repentina do ex-gestor.

Mas há muito mais por trás das expressões ácidas esbravejadas aos quatro ventos pelo parlamentar piauiense. Há muito mais pra lamentar, com o perdão do trocadilho. Mas é de fato lastimável, não apenas a saída de Nelson Souza, sobretudo a zanga visceral com tons de mágoas amargas destiladas por Fábio Novo.

Deputado Fábio Núñez Novo - PT/PI

Vamos analisar o texto publicado às 22h31 desta segunda-feira, 4 de maio, na rede social facebook e distribuído simultaneamente no twitter. Na maior rede social do mundo, FN mantém fanpage com quase 8 mil seguidores e, na rede social do passarinho azul, é seguido por cerca de 3 mil perfis. Números superlativos que dimensionam a amplitude da repercussão do post acre.

Discurso mergulhado em mágoa

Exaltando o compositor Chico Buarque, que fez campanha à reeleição da presidente Dilma, um trecho de uma de suas mais belas canções cabe com perfeição para o episódio: “Pro desfecho da festa, por favor, deixe meu coração em paz, que ele é um pote até aqui de mágoa. E qualquer desatenção, faça não, pode ser a gota d’água.”

Quando um cidadão piauiense faz a melhor gestão dos últimos 62 anos do Banco do Nordeste, apresenta o melhor balanço e lucro da instituição, o esperado, o natural é a sua promoção ou no mínimo a manutenção do “status quo.”

O deputado do Partido dos Trabalhadores inicia seu post incensando a competência do ex-presidente do BNB. FN eleva Nelson Souza como o melhor gestor do banco de toda a sua história. Fundado em 1952, a sociedade de economia mista, que tem 90% de duas ações controladas pelo Governo Federal, nunca antes tivera uma administração tão eficaz como a de NS.

É uma verdade incontestável. O último balanço apresentado pelo ex-presidente, em 23 de fevereiro deste ano, mostra números fantásticos. O lucro líquido do BNB em 2014 foi de R$ 747 milhões. Ou 107,40% de variação comparado ao exercício de 2013. Simplesmente dobrou o desempenho da instituição bancária pública mais rentável do país.

Com o desempenho superpositivo, o BNB deu uma guinada na sua aferição entre os bancos mais valiosos do mundo. Subiu 21 posições no ranking das 500 instituições financeiras mais bem-sucedidas da consultoria britânica Brand Finance. O BNB ocupa a 314ª posição da Global Banking 500, graças ao trabalho desenvolvido por NS?

Nelson Antonio Souza, ex-presidente do BNB

Resta saber se os méritos vão todos para o ex-presidente Nelson. Com a saída de Ary Joel de Abreu Lanzarin, NS assumiu interinamente a presidência do BNB em 3 de abril de 2014. Sendo efetivado pelo ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, em 1 de julho do mesmo ano. Um tempo bem curto para fazer uma gestão tão expressiva, beirando ao revolucionário.

É mais crível que a performance extraordinária do BNB em 2014 foi fruto de um trabalho empenhado por um conjunto de ações que se iniciaram bem antes e que resultaram no estrondoso sucesso financeiro. Mas, independente de quem leva os louros, NS tem seu devido merecimento, pois está no BNB desde 2012, onde ocupou a Diretoria de Estratégia, Administração e TI. Além de ser funcionário de carreira da Caixa. Ou seja, de banco ele entende.

Entretanto, o deputado FN sabe muito bem que competência e bons resultados não são suficientes na avaliação de um gestor, por melhor que ela seja. O critério político fala mais alto, sempre. NS vem da equipe do primeiro governo da presidente Dilma, que está bem reformado e prossegue em mudanças. Especialmente após o vice-presidente Michel Temer ter assumido o papel de articulador político do governo.

Temer ocupa uma posição que se assemelha muito a de um chanceler, do sistema parlamentarista. Com as claras dificuldades de relações com o Congresso Nacional, a presidente Dilma está refém das minuciosas e supervalorizadas atitudes dos presidentes do Senado e da Câmara, respectivamente, Renan Calheiros e Eduardo Cunha.

Deputado Eduardo Cunha, PMDB/RJ e senador Renan Calheiros, PMDB/AL

Ambos peemedebistas, correligionários do vice-presidente-primeiro-ministro, Temer. Aparentemente, o presidente da sigla, teria alguma anuência sobre seus pares, mas, na realidade, não é assim. As relações são extremamente melindrosas e cada passo é dado como quem pisa em ovos. Toda a cautela é pouca e até uma vírgula em um texto tem que ser negociada, principalmente se for de uma medida provisória ou de um projeto de Lei que interesse ao governo. Mais ainda se for do setor econômico.

Mas, sigamos com a análise do discurso de FN. Depois voltamos para tentar esclarecer o que possivelmente está por trás da mudança tão traumática para o PT do Piauí. Uma derrota sem precedentes e que mexe profundamente com o planejamento do governo estadual, que obviamente contava com a simpatia e alinhamento de NS, simplesmente e minimamente por ser conterrâneo.

Pois bem, hoje o cidadão Nelson Antonio Souza foi exonerado da Presidência do BNB. Para seu lugar, a presidente Dilma Rousseff nomeou um “acadêmico” do Ceará por indicação do senador Eunício Oliveira.

FN dá boas pistas do que realmente esconde a retirada de NS do BNB. A presidência do banco já estava na disputa desde a reeleição da presidente Dilma. Além do PMDB, que levou a melhor, estavam o PP, do senador Ciro Nogueira, e o PT correndo por fora para manter a instituição em seu poder, mesmo que não fosse nas mãos de um piauiense.

Senador Eunício Oliveira - PMDB/CE

Logicamente que o PT do Piauí não tem a força política nem o prestígio necessários para segurar um cargo de tanta importância. Com a atual conjuntura, o PT piauiense é figura desbotada no baralho que o vice-presidente Temer segura com a visão de águia de um jogador de poker. Atualmente, infelizmente, os petistas mafrenses estão mais para descarte do que propriamente fazer ao menos uma composição. Nem sequer um pokerface.

Já vai distante o tempo em que o Piauí gozava do prestígio da Presidência da República. Apenas nos primeiros anos do governo do presidente Lula, o estado esteve em evidência pela aproximação amistosa do governador Wellington Dias e a generosidade do ex-presidente. De lá para cá, os mafrenses veem seus pleitos serem ignorados, seus projetos engavetados e suas emendas contingenciadas, total ou parcialmente.

FN traz novamente a competência para a emblemática troca de cadeiras, criticando o novo presidente escolhido para o BNB, Marcos Costa Holanda. Por ser um professor, pelo menos para o deputado piauiense, o atual presidente está em uma posição inferior. Ledo engano, o mestre em Economia pela Fundação Getúlio Vargas é diretor do BNB desde 2012. Portanto, está a par da gestão do banco e detém o conhecimento necessário para comandá-lo.

A crítica só dificulta uma aproximação no futuro. Talvez haja uma rusga regional anterior. Marcos Holanda foi o coordenador de campanha de Eunício Oliveira, portanto, é homem de confiança do senador. Há um quê de vingança ao PT do governador cearense, Camilo Santana. Tudo indica que há um troco na troca. A dança das cadeiras deixou o deputado Novo desenxabido com o novato. Mas, em política, o mestre que está no poder é quem dita a disciplina. E de calouro, Carlos não tem nada.

Carlos Costa Holanda, presidente do Banco do Nordeste

Agora vem a parte mais lacônica do post do deputado Fábio. Inconsolável, Novo mostra a fratura exposta e toda a fragilidade do corpo político petista diante de tanto afinco e devoção para a reeleição da presidente Dilma. De retorno prático, até agora, só nada. Ou melhor, tirou-se até o pouco que tinha. É uma dor lancinante. Sem remédio e sem consolo.

Dizem que o Piauí não tem representação política. De fato não temos o respeito da presidente.

O parlamentar de Bom Jesus está coberto de razão. A se julgar pelo alinhamento político, a presidente e o governador do mesmo partido, era de se aguardar um tratamento mais digno. Não se sabe se WD não tem a simpatia da presidente ou se a presidente não tem a esperada gratidão diante de tanta veneração e fidelidade da bancada piauiense.

Quase sempre os deputados do Piauí rezam fielmente na cartilha da presidente, votam tudo o que é de interesse do Palácio do Planalto, tratam-lhe como uma soberana, com todos os salamaleques cerimoniais e cortesias desmesuradas, mas a contrapartida ainda está a se esperar. Verdadeiramente, o Partido dos Trabalhadores no governo da chefe do executivo nacional vive com o pires na mão e dão-se por satisfeitos quando alguma migalha pinga nas contas do governo.

Ricamente, só as promessas sem fim. Basta um aceno e as juras de amor são reatadas, esquecendo quaisquer desconfortos anteriores. Não há reciprocidade na relação. Um lado completamente apaixonado e o outro praticamente indiferente a tanta devoção. Resultado, a desilusão abre os olhos em meio ao platonismo político.

Novo deu o ultimato para a revisão da parceria. Quando ele diz presidente em vez de presidenta, há uma mensagem submersa no “esquecimento” da flexão de gênero tão polemizada pelos gramáticos, mas sustentada como bandeira pela companheirada, como sinal que tange uma era em tudo o que está escrito ou dito é lançado à posteridade. No marketing, fixação da marca. Um estudo de branding aplicado ao termo ilumina que há um investimento desmedido para eternizar a primeira mulher na presidência do país.

Presidente Dilma Rousseff

A rebeldia em não chamar presidenta é um indicativo muito forte de princípio de ruptura? Pergunta difícil de responder agora, mas o tempo vai mostrar se foi só um desabafo ou virão mais atos críticos ou até mesmo de enfrentamento à política de ocupação de cargos no Governo Federal. Na certeza, um recado bem dado com todas as letras carregadas de uma transgressora forma de dilapidação do respeito à governante.

Na frase seguinte, a sentença cabal nunca dita antes por um petista. Enquanto muitos parlamentares de outras agremiações queixam-se historicamente da falta de atenção da presidente, o partido que a elegeu sempre a defendeu. Ao engrossar o coro dos descontentes, FN amplia a voz da oposição e dá margem aos contrários. O fogo amigo vai servir de referência para discursos, chamando para si a razão do descontentamento. Se até os “de casa” estão insatisfeitos e revoltados, por que oposicionistas não vão aproveitar para potencializar seus pronunciamentos?

A falta de respeito espelha uma via de mão dupla. O deputado do PT demonstra que vai devolver na mesma moeda a indiferença política da presidente para com o Piauí. Como respeitar a autoridade que não faz nenhuma ação prática de ajuda significativa ao estado e ainda retira os esteios de apoiamento em construção tão delicada? De fato, é a expressão que sacramenta a constatação de um militante, eleitor e eleito pelo mesmo partido que o desrespeita. Se ele chegou a esta conclusão, quem pode duvidar da verdade contida em seu post?

Contra fatos não há argumentos. Muito menos contra números. FN traz à baila a grande vantagem eleitoral dada à presidente no último pleito. Uma esmagadora maioria é o reforço de sua justificativa para o queixume arrazoado no trecho seguinte da publicação.

Temos apenas bons técnicos e votos. Sim, na última eleição a presidente que votei ficou devendo muito ao Piauí. Daqui saiu a maior votação proporcional do país e exatos 1 milhão de votos de maioria sobre seu concorrente. Para quem ganhou o segundo mandato com pouco mais de 3,5 milhões de votos de maioria, o Piauí teve peso significativo na sua eleição.

Na primeira frase, o elogio a NS e aos capacitados quadros do Piauí é uma ilustração do que sobra aos nossos conterrâneos, mas, também, do que falta: nomes de projeção no cenário político nacional. O estado que já teve Petrônio Portella, Hugo Napoleão e João Henrique Sousa entre políticos que ocuparam ministérios importantes e amealharam muito prestígio em nível nacional, olha para o passado com saudade pelo tratamento dispensado atualmente.

João Henrique de Almeida Sousa, Secretário Executivo do Ministério das Relações Institucionais

Embora João Henrique esteja ocupando um papel fundamental no urdimento da governabilidade, trabalhando a melhoria das relações entre parlamentares e o Palácio do Planalto, com a unção de seu amigo pessoal, Michel Temer. No momento, este é o piauiense mais poderoso na cena nacional, mas sua atuação é tão discreta que chega a passar despercebida. Faz parte da liturgia da função, que exige um grande trânsito e o cuidadoso silêncio do homem de bastidores, virtudes essenciais para negociar com eficiência e pouca interferência.

Desde 1990, quando foi eleito deputado federal pela primeira vez, João Henrique vem construindo nacionalmente uma estrada dourada que irradia o poder do grande negociador. Com mais dois mandatos na Câmara, foi o suficiente para garantir-lhe o Ministério dos Transportes, no governo Fernando Henrique. No primeiro governo de Lula, o advogado que começou sua carreira política como gestor auxiliando Alberto Silva, ocupou a presidência dos Correios. Mas suas atividades políticas nasceram no movimento sindical bancário há mais de trinta anos.

Se o PT do Piauí quiser espaço no governo Dilma, tem que se aproximar de João Henrique, que abre as portas com tapete vermelho ao gabinete de Temer. O braço direito do articulador nacional do Governo Federal é a única ponte visível que pode favorecer os projetos de interesse do governador Wellington Dias. Com o contingenciamento de verbas, qualquer liberação de recurso estará condicionada e na proporção do apoio político recebido, o caixa será aberto. Ou fechado.

Os números apresentados por FN em busca de representatividade ao Piauí não valem mais nada. O cenário mudou, como sempre muda em uma Política Dinâmica (o nome do portal é irresistível para referendar o panorama contemporâneo e sempre será). O deputado ainda não se deu conta que cobrar influência levando em conta o voto do fiel eleitor piauiense não vai lhe render absolutamente nada. A eleição já passou e o voto que ora tem valor é o do parlamentar federal.

A crise gerada por não ter um Congresso alinhado ao Palácio do Planalto exigiu uma redefinição nos índices de importância e valoração das figuras políticas. Novo ainda não viu que um novo tempo está trafegando pelos corredores da Câmara, do Senado, da Presidência da República e do gabinete de Michel Temer. Elencando os protagonistas de cada central de poder, três são do PMDB. Ou seja, Dilma é a presidente, mas será que é ela quem governa?

Michel Temer, vice-presidente da República

Situação semelhante, mas menos desconfortável, passa o governo estadual. A derrota de FN à presidência da Alepi fragilizou a relação com o parlamento estadual. A hostilidade ao governo não é na mesma medida que em nível nacional, mas vem enfrentando uma grande instabilidade, que turva o futuro de um projeto cabal para a governabilidade: a polêmica matéria da reforma administrativa.

A maioria significativa de votos dada pelos piauienses à presidente Dilma à sua reeleição não vai servir de barganha. O argumento impressiona aos incautos, mas, inserido no pragmatismo político atual, soa descontextualizado e não favorece coisa nenhuma, a não ser aclarar o distanciamento do Governo Central.

A última parte do texto de FN é o mais doloroso. De coração valente cortado, o deputado revela sua desilusão amorosa e parece encerrar uma relação que também era afetiva. Com o fel amargando a boca pela ingratidão, nostalgicamente o parlamentar lança um olhar ao passado em que a presidente vivia momentos tormentosos ao iniciar sua campanha no segundo turno, mas, aparentemente, foi tudo em vão.

E eu acreditei quando ela disse que nos amava, naquele comício de abertura do segundo turno da sua campanha no Atlantic City.

Se fosse recortada somente esta parte e analisada em separado do restante do corpo do texto, poderia até ser confundida com a declaração de uma traição. É este o sentido subliminar mais contundente permeado nas entrelinhas. FN mostra-se muito ressentido com a indiferença da presidente. A saída de NS do BNB foi o golpe fatal que unia uma relação de total dedicação de uma parte e quase nenhuma correspondência da outra.

A presidente iniciou sua campanha no segundo turno como sinal de gratidão aos piauienses pela votação formidável que recebeu em 5 de outubro. Com a chegada de Aécio Neves, com votos acima dos apontados pelos institutos de pesquisa, a candidatura de Dilma estava na descendente. Ela precisava da crença e fidelidade incondicional construída pelos mafrenses, que elegeram Wellington Dias com folga em primeiro turno. As promessas públicas eram generosas, calcule os compromissos que a presidente deve ter firmado com as lideranças que a apoiaram, em conversas de pé de ouvido.

Reprodução da publicação da fanpage de FN

“Meça suas palavras, parça!”

Fábio Novo é jornalista, sabe muito bem o que diz e escreve. Conhecedor e usuário habilidoso das redes sociais, estava ciente das consequências de cada uma das suas palavras. O post não tem edição, de forma que é fácil concluir que foi pensado e repensado com calma e tranquilidade até dar o enter. Nenhum sinal de rompante ou raiva repentina, mas uma mágoa guardada que saiu em forma de desabafo.

Era preciso expor a dor que o incomodava. Até cicatrizar as derrotas sequenciadas, FN reposiciona-se no cenário estadual e nacional. Suas postagens revelam a silhueta de um novo Fábio. Em viagem recente para a península ibérica, o deputado foi ao encontro de suas raízes. Nascido de mãe espanhola, Núñez tem o sangue latino em seu berço - é quente, aguerrido e corajoso.

A tour europeia deve ter mexido mais ainda com a visível transformação do tribuno, que tem uma estreita relação com a arte e a cultura. Participando em encenações da Paixão de Cristo em sua cidade natal, FN tem incorporado papéis de figuras históricas que marcaram a maior cena para o mundo ocidental. Pilatos e Herodes foram compostos pelo ator Fábio, mas, para Cristo, o papel não lhe cabe.

Dilma Rousseff e Fábio Novo, em solenidade do Pronatec, em Teresina - maio de 2014

Há quem acredite que Fábio Novo é a voz rouca que murmura no seio do Partido dos Trabalhadores no Piauí e em outros rincões, insatisfeitos com a relação que já viveu momentos menos desassossegados. Ele não há de sofrer nenhuma sanção, reprimenda ou crítica pública pelos seus pares. Também é pouco provável que receba publicamente uma louvação pelo texto. E, internamente, deve estar recebendo os parabéns com uma provável expressão se repetindo: “Disse o que eu queria dizer!”

Para lacrar musicalmente, nada melhor do que a cantora e compositora Marina Lima. A artista que tem ascendência em Campo Maior, lança uma luz ao futuro incerto: "Pra começar, quem vai colar os tais caquinhos do velho mundo. Pátrias, famílias, religiões e preconceitos, quebrou, não tem mais jeito. Agora, descubra de verdade o que você ama..." 

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