A vereadora Teresa Britto (PV) continua fazendo críticas ao governador Wellington Dias (PT) na Câmara Municipal de Teresina. Nesta terça-feira (3), ela voltou a condenar os altos índices de violência na capital e disse que enquanto a violência aumenta, o governador e seus secretários vivem de fazer arranjos políticos visando as eleições do próximo ano.

“O que eu lamento é que o governador nesse momento só está fazendo arranjos políticos. Ele não está fazendo gestão, está fazendo política, inclusive dentro da segurança pública. Não tem o foco de querer fazer uma gestão descente para o povo. Essas críticas minhas são construtivas, porque a gente está mostrando os índices. Seria omissão desta Casa se nós não falássemos”, afirmou a vereadora.

Teresa Britto disse que não deve o mandato dela a nenhum outro político e por isso não vai parar de fazer críticas quando for necessário. “Pode ser prefeito, vereador, governador ou presidente da República. Eu estou aqui para dar respostas à população. Ser conivente com o que está acontecendo de ruim no Piauí eu não serei nunca. Não me calarei diante das omissões”, disse a parlamentar.

DEFESA
Durante a sessão, o vereador Deolindo Moura (PT) chegou a alfinetar Teresa Britto (PV) por ela ter criticado o tamanho do aparato policial que faz a defesa do governador e da família dele em detrimento da falta de policiamento suficiente nas ruas. O petista entendeu a crítica de Teresa como um desrespeito à família de Wellington Dias e partiu para defendê-lo. Deolindo foi eleito com o apoio da primeira-dama Rejane Dias.

“Olha só a que ponto chegamos. Atacar a família do governador não é a solução. Não adianta ir à igreja todo dia dizer que é cristã e não agir. A família para mim é sagrada”, disse o vereador sem citar o nome de Teresa Britto.

A vereadora negou que tenha atacado a família de Wellington. Segundo ela, a crítica foi com relação a falta de policiais nas ruas, sendo que não faltam soldados para garantir a segurança de Wellington. Teresa disse que a reação de Deolindo é a prova do desespero.