Ano eleitoral é sempre mais agitado e badalado. Com o advento das redes sociais e dos grupos de WhatsApp, essa agitação se tornou ainda maior. Nesse novo cenário, ganharam fama as tais de Fake News. Mentiras, no entanto, sempre foram protagonistas em períodos eleitorais, mas sem dúvida ganharam proporção bem mais elevada nos últimos anos.

A disseminação de conteúdo mentiroso e a distorção de informações passaram a ser arma poderosa não apenas para alguns candidatos, mas também para puxa-sacos desses mesmos candidatos. Em alguns casos, grupos de WhataApp têm virado plataformas de milícia digital.

Volta e meia, vemos políticos condenando a disseminação de conteúdos duvidosos, mas no fundo alguns deles dão o maior valor quando a mentira está prejudicando o adversário. O Piauí não foge à regra. Por aqui, puxa-sacos e até alguns chantagistas se acham paladinos da comunicação em grupos que proporcionam ataques e babação de toda espécie a políticos.

Nesse ano de 2020, a perspectiva é de que a situação se agrave ainda mais. A audácia do mentireiro digital deve avançar com a proximidade das eleições. Cabe destacar que muitas pessoas usam tais grupos para discussões sadias e divulgação de conteúdo, o que é positivo numa sociedade onde as redes sociais possibilitaram maior democratização da informação.

No entanto, o condenável é a divulgação orquestrada de conteúdos com claro objetivo de prejudicar, de difamar. E não adianta dizer que apenas determinado grupo tem esse tipo de situação a seu favor. O que temos visto é uma pluralidade que ao mesmo tempo pode favorecer e prejudicar a todos. Aqui vale o ditado: "quem está na chuva é pra se molhar".

Faltam oito meses para as eleições, onde prefeitos e vereadores serão escolhidos para a legislatura 2021 a 2024. Até lá, veremos uma verdadeira guerra de informações, muitas delas duvidosas, em grupos de WhatsApp e nas redes sociais. Para quem é sensato e prudente, serão oito meses de uma longa travessia desse turbulento e agitado tempo de mentireiro.