TEMER DEIXOU PREFEITOS SÓ NA VONTADE

Prefeito lamenta que a verba não veio (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

O presidente da Associação Piauiense de Municípios (APPM) e prefeito de São João do Piauí, Gil Carlos (PT), falou na quinta-feira (11) sobre o aporte financeiro prometido pelo governo federal ao municípios para dezembro de 2017, verba que acabou não sendo liberada. Segundo ele, muitas prefeituras do Estado já contavam com o dinheiro extra para fechar as contas do mês de dezembro, mas os planos dos prefeitos acabaram frustrados.

O governo federal constatou que para liberar o total de R$ 2 bilhões em recursos extras para os municípios será necessário a aprovação de uma lei pelo Congresso Nacional para dar base jurídica à liberação. No dia 29 de dezembro, o presidente Michel Temer (MDB) assinou uma medida provisória assegurando o repasse como forma de cumprir o compromisso político com os prefeitos, mas a liberação só poderá ser feita após o aval do Congresso.

A situação causou descontentamento entre as associações de municípios de todo o país. Gil Carlos afirma que os gestores municipais esperaram até o último momento pelo dinheiro.

"Esse auxílio foi um entendimento entre o presidente Michel Temer e sua equipe econômica e política com representantes de todos os municípios. Eles acenaram um acordo para auxiliar as prefeituras nesse momento de dificuldade que passavam em dezembro, principalmente para pagar o 13º. Aguardamos até o último minuto a efetivação desse auxílio, o que infelizmente não ocorreu e trouxe um prejuízo enorme para os municípios que já haviam feito um planejamento financeiro tendo como certa essa receita extraordinária", falou.

Prefeitos terão que esperar sentados por dinheiro extra do governo federal; previsão agora é só para a partir de fevereiro (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

Gil confirma que muitos municípios estão com salários de servidores atrasados, mas avalia que a falta do repasse extra esperado para dezembro não serve como justificativa para isso. Ele lembra que a crise nos municípios já vem se alongando nos últimos anos e tudo isso acaba contribuindo para dificuldades financeiras nas prefeituras municipais. 

"Se nós fizermos um levantamento da série histórica do aumento do FPM em relação ao aumento do piso nacional do magistério, em relação à inflação e ao salário mínimo, veremos que o FPM foi corrigido a um valor menor", disse citando outros motivos para a crise.

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