R. SILVA NEGA APARTE E IRRITA DEOLINDO NA CÂMARA

Parlamentares do PP e do PT se estranharam (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

O vereador sargento R. Silva (PP) subiu à tribuna da Câmara Municipal de Teresina nesta quarta-feira (13) para fazer, mais uma vez, duras críticas ao governo estadual. Como de praxe, o petista Deolindo Moura pediu um aparte para defender a administração de Wellington Dias (PT), mas teve o pedido negado pelo colega que estava na tribuna.

Após a fala de R. Silva, Deolindo pediu a palavra alegando “questão de ordem” e teve o pleito concedido pelo vereador Venâncio Cardoso (PP), que presidia momentaneamente a sessão. Quando ele começou falar, R. Silva interveio e disse que o Regimento Interno da Câmara estava sendo descumprido, pois sequer havia citado o nome de Deolindo e por isso não caberia questão de ordem para dar a fala ao petista.

Venâncio reconheceu e retirou o direito de fala de Deolindo, o que provocou a irritação do petista. Ele chegou a deixar o plenário e ao sair falou para R. Silva que ele não concedeu o aparte porque lhe faltou coragem. Atraindo a atenção de todos que viam a sessão, o petista apontou o dedo a distância e disse que R. Silva era da polícia, mas não teve coragem.

Em entrevista após o episódio, Deolindo criticou a postura de alguns vereadores que, segundo ele, se escondem e não olham para os problemas do município, mas apenas do governo estadual. Segundo ele, a Câmara está cheia de vereadores que entendem tudo do Regimento Interno, mas não entendem nada do povo. “Eu prefiro entender de povo”, falou.

Já o vereador R. Silva disse que tem o direito de conceder aparte a quem ele quiser e que faz parte do debate discordar uns dos outros. “Eu até já dei um abraço nele e disse que ele ou seus assessores precisam ler mais o Regimento Interno da Casa. O aparte é facultativo de cada vereador que está na tribuna. Não vejo nada de mais em não ter concedido o aparte. Apenas ele que não leu o Regimento e fez essa cobrança publicamente”, disse.

Apesar do atrito, os dois parlamentares disseram que as discussões acaloradas não terão reflexos na relação pessoal e que as divergências desta quarta ficam apenas no plenário.

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