A entrada de Margarete Coelho (Progressistas) na disputa de deputada federal vai impactar diretamente na eleição de vários pré-candidatos ao mesmo cargo. A maioria deles da própria base de Wellington Dias (PT). A vice-governadora chega com força e, mesmo à essa altura, faltando três meses para a eleição, ainda vai tirar bases eleitorais de alguns aliados.

O maior estrago será, sem dúvida, na região de São Raimundo Nonato, de onde a vice-governadora é natural. Nomes como Marcelo Castro (MDB), Paes Landim (PTB) e Flávio Nogueira (PDT) certamente vão sentir o impacto. Na própria cidade de São Raimundo, onde a irmã de Margarete, Carmelita Castro, é prefeita, o apoio a ela já é certo. E irrestrito!

E a situação tem boas chances de ser a mesma em cidades como São Lourenço do Piauí, Dom Inocêncio, Coronel José Dias e outras. Nas duas primeiras, administradas pelas prefeitas progressistas Michelle Cruz e Virgínia Dias, respectivamente, as investidas vão acontecer. As duas gestoras municipais são extremamente alinhadas com Margarete, com o cunhado dela, deputado estadual Hélio Isaías, e com a irmã Carmelita.

Michelle e Virgínia atualmente têm compromisso com Flávio Nogueira (PDT). No próximo sábado (30), Margarete estará em um tradicional almoço na casa de Virgínia, em Dom Inocêncio. A cidade está no período dos festejos do padroeiro, época de bom movimento.

Margarete, uma filha da região, atrapalha Marcelo Castro e Landim. Castro também é natural de São Raimundo Nonato e apoiou a irmã de Margarete na eleição municipal em 2016. Landim é de São João do Piauí, mas também pode se considerar um filho de São Raimundo. Por ser natural da região e ter a irmã como prefeita da maior cidade, é óbvio que um dos principais focos de Margarete será o território Serra da Capivara. 

Moral da história: se apenas uma única pessoa nesse Estado ganhou com a saída de Margarete da disputa pela vice, são muitos os que perdem com a chegada dela para federal.