O presidente estadual do Podemos, deputado federal Silas Freire, disse que o partido não vai servir de bucha de canhão para ninguém nas eleições de 2018 e que a agremiação não vai absorver ou se encostar em figuras ultrapassadas, que ele classifica como “camisas velhas”. Segundo o deputado, existem nomes da política piauiense querendo se aproveitar da roupagem nova do partido para tirar proveito, mas que isso não será aceito.
“Se for o melhor para o Piauí, [o Podemos pode ter candidatura própria a governador em 2018] sim. Agora, o Podemos não vai ser bucha de canhão de ninguém, muito menos vestir camisa velha. Tem umas camisas velhas querendo se aproveitar da roupagem nova do Podemos e isso a direção não aceita. É cheiro de naftalina”, afirmou o deputado.
Ao afirmar que o Podemos pode ter candidato a governador, Silas se refere ao advogado Norberto Campelo, que está prestes a se filiar ao partido e tem adotado discurso crítico contra o governo de Wellington Dias (PT). Esta semana Norberto se reuniu com o ex-governador Wilson Martins, o deputado Átila Lira e outros políticos do PSB. Silas, no entanto, não quis dizer quem são as camisas velhas que estão querendo se aproximar do Podemos.
O deputado federal garante que tem compromisso político com o governador Wellington Dias (PT) para 2018, mas ressalta que se a maioria dos membros do Podemos optar por uma candidatura própria, ele terá que seguir. Silas lembra que, atualmente, a composição majoritária do Podemos quer a aliança com Wellington, inclusive ele e seu grupo político, mas que essa realidade pode mudar, pois novos nomes vão chegar.
AS CAMISAS VELHAS
Silas Freire garante que o Podemos surge com um novo jeito de fazer política, buscando nomes que representem algo novo, como é o caso de Norberto Campelo e do também advogado Sigifroi Moreno. O deputado deixa claro que o partido não se fecha para nomes que já tradicionais, mas nas entrelinhas diz que o Podemos não deve se misturar com figuras que representam um velho modelo de fazer política.
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