O deputado estadual José Hamilton Castelo Branco (PTB) falou sobre a intenção do ex-senador João Vicente Claudino de voltar ao partido e lançar candidatura própria ao governo do Estado. Para ele, não faz sentido a sigla deixar a base de Wellington Dias (PT), já que até agora faz parte da gestão, inclusive ocupando cargos.

"Alguns membros do nosso partido são secretários, serviram e estão servindo ao governo. Como ficam essas pessoas? É uma coisa constrangedora estar até hoje com você, amanhã eu não estar mais e considerar que você não é mais a pessoa ideal. Se ele [JVC] vier, será uma bandeira do nosso partido, mas nós temos compromisso com o governador Wellington Dias e política, para mim, tem uma coisa: em política não existe promissória, contrato ou declaração. Na política o que existe é a palavra. Ou você tem ou você não tem", disse.

Para Zé Hamilton, o ideal é que João Vicente voltasse ao partido e caminhasse junto com o governador Wellington Dias, inclusive reivindicando uma vaga na chapa majoritária do petista. Com base nas conversas que tem tido com os deputados do PTB, ele acredita que o partido não irá para a oposição, mesmo com o desejo contrário de João Vicente.

"Eu acho que nesse momento nós não podemos pensar cada um em si. Nós temos que pensar nesse Estado. Vivemos um momento muito difícil nessa Nação e precisamos ter um governador que tenha uma experiência, uma vivência nisso. Você pensa que eu acho bom uma pessoa ser quatro vezes governador? Não. Mas as vezes o momento impõe determinada situação. Precisamos ter uma pessoa que tenha conhecimento e vivência para superarmos esses problemas que temos que enfrentar", disse se referindo à Wellington Dias.

Apesar da celeuma envolvendo o partido e João Vicente, Zé Hamilton diz que praticamente não tem havido conversas entre os deputados do partido e o ex-senador. Mesmo assim, eles prometem ir até JVC para tentarem um entendimento acerca da situação.

"O grande problema de João Vicente, PTB e oposição é que nós não podemos ser oposição a uma pessoa que até hoje nós estamos do lado. Que político é esse, rapaz? Eu não tenho tido diálogo com ele há algum tempo, mas não por falta de interesse dele ou meu. É pela minha condição, pois eu saio daqui e vou pra Parnaíba e fico lá sexta, sábado e domingo. Porque eu precisa trabalhar, senão nem os remédios da pressão eu compro", falou.