JÚLIO DIZ QUE EX-ASSESSOR TEM PROBLEMAS MENTAIS

Deputado estadual nega ter recebido mala (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

O ex-assessor do senador Ciro Nogueira (Progressistas), José Expedito Rodrigues, disse à Polícia Federal que entregou uma mala com R$ 100 mil para o deputado estadual Júlio Arcoverde, presidente do Progressistas no Piauí e braço direito de Ciro no estado. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (25) pelo jornal O Estado de S. Paulo

Questionado sobre a acusação, Júlio negou que tenha recebido a mala, disse que vai processar o ex-assessor e ainda pedir um atestado de sanidade mental dele.

"Ele me citou e no meu caso específico vou entrar com uma ação contra ele pedindo para ele se retratar, pedindo uma indenização na qual vou doar para uma instituição de caridade e pedir um teste de sanidade mental desse cidadão. Porque aí não é uma coisa normal. Me admira muito como a gente pode levar a sério uma pessoa sem credibilidade, sem psicológico normal. Ele, depois que foi despedido, veio com esse sentimento de vingança", falou.

O ex-assessor disse que "se recorda de ter transportado R$ 100 mil do Rio de Janeiro/RJ, dinheiro que foi recebido de Ciro Nogueira e entregue a Júlio Arcoverde, em Brasília". Essa entrega, de acordo com o ex-funcionário, aconteceu num apartamento na 311 Sul, em Brasília, onde residia deputado federal Eduardo da Fonte (Progressistas), um dos alvos da operação da Polícia Federal que investiga o caso. Perguntado se já teve contato com José Expedido, Júlio Arcoverde confirmou, mas negou qualquer recebimento de dinheiro.

Deputado diz que vai pedir atestado de sanidade (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica)

"Ele afirmou que me entregou em Brasília, no endereço de um apartamento na Asa Sul. Eu nunca morei na Asa Sul. Quando eu morei lá era na Asa Norte. Ele não diz o dia, para quem foi, mandado por quem. Hoje nós estamos vivendo num mundo que é muito fácil. Um maluco chega na Polícia Federal ou na Procuradoria e diz ‘eu entreguei uma mala para ti [se referindo ao repórter] e pronto. Aí você tem a casa da gente invadida porque um maluco diz e ninguém vai atrás saber a veracidade. Para mim eu tenho certeza que ele nunca entregou coisa nenhuma. Eu vou entrar com uma ação contra ele. Ele pode estar sendo protegido por aqueles programas de proteção a testemunha, mas pela Justiça não", disse.

Júlio explicou que José Expedito era motorista, que costumava pegá-lo no aeroporto em São Paulo. No entanto, afirma que por volta de 2011 deixou de usar os serviços dele porque percebeu que ele não estava com o emocional normal. O ex-assessor denunciou que Ciro Nogueira e o deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE) tentaram comprar seu silêncio na Lava Jato, fato que desencadeou na operação da Polícia Federal que vasculhou o gabinete e as casas dos dois políticos na terça-feira (24).

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