O deputado estadual Hélio Isaías (Progressistas) desistiu de pleitear a presidência da Assembleia Legislativa do Piauí dois dias antes da eleição, quando viu que o quadro de derrota para Themístocles Filho (MDB) era irreversível. Apesar disso, o parlamentar empossado para o 5º mandato não sai diminuído dessa empreitada em que não teve êxito.

Na Assembleia, Hélio é um deputado do tipo "boa praça", daqueles que não costumam entrar em embates com ninguém, amigo de quase todos e sempre com um sorriso no rosto. Além disso, todos sabem que sua candidatura era forjada na vontade do senador Ciro Nogueira (Progressistas) de tomar o comando da Alepi de Themístocles Filho.

E por falar em Ciro, esse sim, saiu menor desse processo. Junto com ele, o deputado federal Assis Carvalho (PT) também saiu diminuído. Eles nem eram candidatos, aliás, nem fazem parte da Assembleia, mas foram os que mais "caçaram confusão" durante todo o processo. Hélio nunca causou desconforto com seus oponentes e, na verdade, pouco apareceu.

Os embates, as farpas, as arestas e os prejuízos políticos não ficam no saldo de Hélio Isaías, cujo comportamento em nenhum momento causou reações desconfortantes. Essa, aliás, é uma peculiaridade do parlamentar natural de Oeiras. Apesar do apelido de "diabinho", ele é um é um político que não costuma "apontar o garfo" para ninguém.

Hélio segue sem grandes prejuízos. Os derrotados são Ciro Nogueira e Assis Carvalho. Parafraseando o deputado Júlio Arcoverde, a fatura do fracasso já pode ser enviada para eles.