FÁBIO NOVO DIZ QUE DOBRAR ORÇAMENTO DA CULTURA SERIA O "RAZOÁVEL"

Secretário diz que orçamento não é o ideal (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

O secretário estadual de Cultura, Fábio Novo, falou dos desafios enfrentados pela pasta desde que ela se tornou secretaria em 2015 e disse que o orçamento ideal deveria ser pelo menos o dobro do atual. A dotação orçamentária da Secult atualmente representa apenas 0.4% do Orçamento do estado, o que não é suficiente para pôr em prática as ações.

“É desafiador porque no momento em que o governo decidiu transformar em secretaria nós entramos num momento de crise e retração de receitas. Aí geralmente se corta da Cultura e de outras áreas mais vulneráveis. Conseguimos sensibilizar o governador para manter nosso orçamento, que só é 0.4% de todo o orçamento do estado. O ideal para que a gente pudesse ter as políticas públicas de Cultura era pelo menos dobrar isso. Seria o razoável”, falou.

Fábio Novo disse que precisou sanar passivos de anos anteriores quando assumiu a Secult e depois teve que focar no restabelecimento do patrimônio da pasta. Somente a quantidade de Casas de Cultura espalhadas pelo estado chega a 30. “São teatros, museus e outros espaços. Quando assumimos tínhamos 27 fechados e três funcionando precariamente. Então fizemos todo um foco recuperar esse patrimônio e hoje já temos 22 funcionando”, disse.

Fábio enxerga bons avanços na Cultura (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

Ainda sobre o pouco orçamento, o secretário disse que o governo tem que contemplar todas as áreas, reconheceu a escassez de recursos do estado, mas disse que é necessário eleger prioridades e gastar com qualidade. “O orçamento tem que contemplar todas as áreas. Vai conseguir dar conta de tudo? Não vai. Mas além de eleger prioridades, tem que tentar gastar o pouco que tem com maior qualidade. Esse é o segredo para a crise”, afirmou.

VALORIZAÇÃO DA CULTURA
Questionado se a Cultura ganhará maior reconhecimento e atenção por parte do governo, Fábio respondeu que vai depender da mobilização da classe. “Quando temos uma classe que reivindica e pressiona, logicamente o governo vai ter que escutar. Quando o Temer assumiu uma das medidas dele foi fechar o Ministério da Cultura, mas houve uma forte pressão da sociedade e ele teve que voltar atrás”, falou.

Na avaliação de Fábio, o Piauí deu um grande passo no segmento cultural quando a antiga Fundação Cultural (Fundac) foi transformada em secretaria. Segundo ele, a classe artística está mobilizada e quanto mais mobilização o governo passará a tratar a Cultura como política do estado. “A cultura é um símbolo da expressão de uma sociedade. Se cada vez mais isso for internalizado a gente não volta ao patamar de antes. A gente vai avançar”, disse.

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