EVALDO ARTICULA PARA DERROTAR COLLOR

Fernando Collor [à esquerda] quer disputar presidência da República de novo e Evaldo não concorda (Fotos: Collor/Evaristo Sá | Evaldo/Jailson Soares)

O deputado estadual Evaldo Gomes, presidente regional do PTC no Piauí, lidera um movimento para jogar por água abaixo a intenção do senador alagoano Fernando Collor de Melo de disputar a presidência da República pelo partido. Evaldo tem conversado e se articulado com outros presidentes regionais do PTC para apresentar uma tese contrária à candidatura de Collor e derrotar o ex-presidente na convenção nacional do partido.

De acordo com Evaldo, a candidatura de Collor não tem nada a somar para o PTC. Além disso, ele lembra que o clamor atual de grande parte da população é por renovação, algo que não enxerga em Collor. O senador alagoano, pré-candidato à presidência da República, já foi eleito presidente em 1989, governou o país por mais de dois anos e renunciou em dezembro de 1992 às vésperas do Senado confirmar impeachment por crimes de corrupção, falsidade ideológica e peculato. O STF, 22 anos depois, inocentou Collor das acusações.

"Nosso objetivo é apresentar uma tese contrária à candidatura do ex-presidente Collor. Compreendemos a importância do partido, nesse momento, focar numa eleição de deputados federais. A sigla precisa sobreviver à clausula de barreira imposta pelo Congresso Nacional. E eu acho que a candidatura do Collor não tem nada a somar para o partido. Ao contrário, o que nós estamos pregando nesse momento é a renovação na política, pessoas novas, pessoas ficha limpa, que possam colaborar e contribuir para engrandecer o PTC", falou.

Deputado piauiense mobiliza outros líderes (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

Evaldo conta que a ideia contrária à candidatura de Collor será apresentada na próxima semana na direção nacional da sigla em Brasília. O piauiense afirma que tem mobilizado líderes de outros estados e conseguido apoio. Ele se diz confiante no sucesso da articulação. Conforme Evaldo, a intenção é propor duas posições para caso haja êxito na tentativa de tirar Collor do páreo. A primeira é que o partido fique livre nos Estados para seus filiados votarem em qualquer um dos outros candidatos ou ainda a possibilidade de apoiar um nome.

O deputado revela que sua preferência é pelo nome do ex-presidente Lula (PT), que está preso em Curitiba e tenta poder registrar a candidatura ao Planalto. Depois de Lula, as opções seguintes são, respectivamente, o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) e Manuela D’Ávila (PC do B). No entanto, ele destaca que a ideia dos apoios ainda está sendo amadurecida. Certo mesmo é a operação para “melar” as pretensões de Fernando Collor.

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