EM BRIGA DE CIRO E TETÉ, W.DIAS NÃO METE A COLHER

Governador promete ficar afastado da disputa (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica)

A disputa pela presidência da Assembleia Legislativa do Piauí acirra cada vez mais a relação entre o senador Ciro Nogueira (Progressistas) e o deputado estadual Themístocles Filho (MDB). O senador defende o nome do deputado Hélio Isaías, do partido dele, para comandar a Alepi e Themístocles quer o oitavo mandato seguido no posto de presidente da casa.

Ciro diz que Themístocles planta notas na imprensa para tumultuar o processo e o deputado fala que o senador está de olho na Alepi porque perdeu prestígio em Brasília. Nesse entrevero, todos estão ansiosos pela posição do governador Wellington Dias (PT). É raro o chefe do Executivo não se meter nesse tipo de eleição, mas pelo menos publicamente o petista anda evitando a todo custo entrar no arranca-rabo entre Ciro e Themístocles.

Ciro e Assis estão juntos contra Themístocles (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica)

No PT, quem toca fogo nessa disputa é o deputado federal e presidente do partido, Assis Carvalho. Ele está de mãos dadas com Ciro na tentativa de pôr fim à hegemonia de Teté. Assis garante que Hélio Isaías, o nome defendido por ele e Ciro, tem votos suficientes para derrotar Themístocles. Mas vale lembrar que na pré-campanha eleitoral de 2018 ele também garantia, dia e noite, que o PT sairia com chapa pura na disputa proporcional. Não saiu.

As recentes declarações de apoio de alguns deputados para a reeleição de Themístocles demonstram que o governador Wellington Dias, pelo menos por enquanto, não está se metendo muito na questão. Alguns dos parlamentares que fizeram tais declarações jamais o fariam se não encontrassem liberdade vinda do Karnak. Nem mesmo uma votação estrondosa obtida em outubro motivaria esse tipo de manifestação sem o aval do palácio.

Themístocles e aliados estão atentos para não deixar ninguém entrar na presidência da Assembleia (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

Há quem diga que entregar o comando da Alepi e deixá-lo sob a égide de Ciro também não é uma ideia que satisfaça tanto assim o governador, como muitos pensam. Ciro já disse que seu partido terá candidato ao governo em 2022 e ter o comando da Alepi é um trunfo. Como em política aliança firmada para longo prazo não existe, o trunfo para Ciro pode, lá na frente, ser dor de cabeça para Wellington. E o petista, óbvio, é um político passado na casca do alho.

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