EDSON MELO E GRAÇA REBATEM OPOSIÇÃO

Dudu criticou projeto da prefeitura (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

O projeto de lei de autoria da Prefeitura de Teresina que cria um escritório de articulação das ações da gestão municipal em Brasília causou debate nesta terça-feira (27) na Câmara. A proposta foi aprovada pela maioria, mas a oposição bateu forte no projeto, principalmente porque ele cria cargos, ou seja, novas despesas para o município.

O vereador Dudu (PT), como de praxe, questionou a necessidade da estrutura municipal na capital federal. “O prefeito Firmino é experiente, está segundo ano do quarto mandato. Porque ele teve essa intenção só agora? E mais: ele cria os cargos e só depois é que vai dar a estrutura. Ele tinha que explicar para a população de Teresina a estrutura que esse escritório vai ter. Nos causou estranheza, num ano eleitoral, o prefeito sair com uma dessa”, disse.

As críticas de Dudu e dos seus colegas de oposição foram rechaçadas pelo vereador Edson Melo (PSDB). Ele justificou que a Prefeitura de Teresina tem muitos negócios na esfera federal que necessitam da presença de representantes permanentes em Brasília. Ele ainda criticou o fato dos parlamentares da oposição, que são aliados do governo estadual, não protestarem contra a criação de nove coordenadorias pelo governador Wellington Dias, todas com atuação e estrutura até hoje questionadas.

Edson criticou silêncio com relação às coordenadorias criadas em 2017 pelo governo do Estado (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

"É muito provável que haja o escritório alugado pela prefeitura e esses cargos sejam nomeados só após essa instalação. Agora nos chama atenção esse tipo de crítica partir do representante do PT e do governador Wellington Dias, pois com relação à criação de nove coordenadorias, com sete assessorias cada uma, e que nem o que elas fazem ficou claro, ele não questionou. E com relação ao próprio escritório que o governo do Piauí tem em Brasília. Será quantos assessores tem lá? Onde eles moram? Porque as vezes se nomeia um assessor para trabalhar no escritório de representação e ele nem mora em Brasília. Então tudo isso nós vamos fiscalizar, mas não é o momento de tecer críticas à criação. Vamos esperar", falou.

O vereador ainda lembrou que a prefeitura, provavelmente, até já tem essa representação de modo informal em Brasília e que agora o prefeito quer oficializar. "Desde a época do professor Wall Ferraz, há 30 anos, quando ele foi prefeito, tinha um assessor especial que morava em Brasília só para tratar de assuntos relacionados à prefeitura. Informalmente ele visitava ministérios e o Congresso Nacional. Então o prefeito resolveu oficializar. Isso é o poder que o prefeito tem de fazer o julgamento se precisa ou não ter o escritório", avaliou.

Graça Amorim defendeu importância do escritório (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica)

A líder do prefeito na Câmara, vereadora Graça Amorim (PMB), explicou que são apenas dois cargos previstos no projeto, um de diretor-geral e outro de assessoria, e que todas as atribuições a serem cumpridas constam no projeto de lei. Com relação à sede do escritório, ela afirmou que não é no projeto de lei que se coloca essa parte, já que isso é uma questão administrativa posterior que cabe à prefeitura.

"Tá tudo especificado [quanto a cargos e salários]. É porque eles não tiveram o desejo de ler o projeto. Está lá: são dois cargos. Agora, com relação aonde vai funcionar, não é em lei que se bota dizendo que vai funcionar na rua tal, em Brasília, no Distrito Federal. Isso não precisa, pois é uma parte administrativa da prefeitura que será feita, com computadores, telefones e toda a estrutura que o escritório merece e vai merecer", explicou.

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