DIVERGÊNCIA ENTRE OS FUTUROS PRESIDENTES

Sérgio Bandeira discorda de ideias de Evaldo (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

Eles vão ter um partido em comum, mas tudo aponta para uma divergência. Enquanto o deputado estadual Evaldo Gomes anuncia que assumirá a presidência estadual do Podemos no Piauí antecipando algumas posições, o futuro presidente do partido em Teresina, Sérgio Bandeira, apresenta divergências. Sérgio, no entanto, acredita que o diálogo pode resolvê-las.

Evaldo já anunciou que, sob seu comando, o Podemos será oposição ao prefeito Firmino Filho (PSDB) em Teresina. Sérgio, por sua vez, é bastante ligado ao prefeito tucano e não concorda do partido ser levado para a trincheira oposicionista na capital.

Além disso, Evaldo Gomes não quer nomes com mandato na disputa de vereador no partido em 2020, alegando ser uma estratégia que ele já vinha articulando no PTC. Apenas Gustavo Gaioso, do PTC, seria permitido. O objetivo é lançar ao menos 30 candidatos, todos sem mandato eletivo. Sérgio também discorda dessa ideia.

O pai de Sérgio é o vereador Ricardo Bandeira (PSL), secretário municipal de Economia Solidária na gestão do prefeito Firmino Filho. Se depender da vontade do filho, o pai também se filia ao Podemos e disputa a reeleição alinhado com o prefeito.

Apesar das divergências serem obviamente grandes, Sérgio adota um discurso pacificador na relação com Evaldo e acredita que tudo vai se resolver na base do diálogo. Nesta terça-feira (13), ele falou com a reportagem do Política Dinâmica e deixou claro que ninguém pode chegar impondo todas as condições, no entanto, quer tudo resolvido numa boa conversa.

Sérgio defende diálogo para achar saídas (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

"Política é diálogo. O deputado Evaldo defende que o Podemos tem que ficar na oposição e eu sou filho de um vereador que é secretário do prefeito e defendo que nós devemos fazer parte da base. Mas nós vamos conversar e mostrar as possibilidades, pois política é diálogo. Se o Evaldo me convencer que nós temos que ir pra oposição, nós vamos. E se eu convencer o deputado que devemos ficar na base, a gente fica. Daqui para 2020 tem muito tempo", falou.

Sobre a ideia de Evaldo não aceitar nomes com mandato eletivo na disputa proporcional pelo partido em 2020, Sérgio avalia que tudo ainda vai mudar e não defende que ela se efetive. Ele entende que é cedo para pregar esse tipo de estratégia e diz que a legislação eleitoral pode ser até mesmo alterada até 2020 pelo novo governo que vai assumir em janeiro.

"Nós temos um grupo para a gente juntar e ao invés de eleger um vereador na próxima eleição a gente eleger três vereadores. É essa a minha ideia e vamos conversar com o deputado Evaldo, com o grupo que ele está trazendo, com o grupo que nós já temos no Podemos e com outros atores que querem participar deste processo", explicou.

Sérgio encerrou dizendo o vereador Ricardo Bandeira está bem no PSL, mas que deseja levá-lo para o Podemos. "Eu vejo algumas famílias colocando o pai num partido, o filho no outro, a esposa em outro. Eu discordo disso. Acho que aonde eu estiver o vereador Ricardo Bandeira deve estar ou aonde ele estiver eu devo estar. Tudo se resolve com diálogo e nosso desejo é estar com o deputado Evaldo e o senador Elmano na construção de um partido forte".

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