CORONEL CARLOS AUGUSTO É BARRADO EM CHAPINHA

Coronel quis aproveitar estratégia da chapinha (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica)

O bloco de partidos que forma a chapinha alternativa barrou a entrada do coronel Carlos Augusto, ex-comandante geral da Polícia Militar do Piauí, na composição partidária. Bastante ligado ao governador Wellington Dias (PT) e pré-candidato a deputado estadual, o coronel tentou entrar na chapa para viabilizar sua eleição. No entanto, a chegada dele foi vetada pela maioria dos dirigentes dos 10 partidos que formam a chapinha.

Sérgio Bandeira (Podemos) disse que desde o início das conversas para formação do bloco já foram definidos critérios. Segundo ele, não seriam aceitas pessoas que ocuparam secretarias [o Comando da PM-PI tem status de secretaria) e nem filhos ou esposas de políticos tradicionais. Carlos Augusto tentou se filiar ao PMN, sigla que integra a chapinha, mas em reunião na tarde da terça-feira (19), a entrada do coronel no bloco foi vetada.

Bandeira foi contra entrada do coronel (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

O entendimento é de que Carlos Augusto, com toda a força do governo estadual, apenas se aproveitaria da chapinha para garantir sua vitória na eleição. Sérgio Bandeira aconselha que o coronel deve ir disputar o pleito eleitoral junto com as pessoas do governo, já que ele participou de toda a gestão do governador Wellington Dias. 

"Nada contra ele pessoalmente. Ele é um cidadão de bem. Mas é porque a gente quer disputar a eleição aqui de forma mais justa. Eu acho que o coronel tem que disputar a eleição é junto com o pessoal lá do governo. Ele fez parte do governo, é justo que ele tenha usufruído do governo e vá para contribuir com a continuação desse governo", falou.

Na reunião, Bandeira também votou contra a entrada de João de Deus (SD), filho do deputado estadual Dr. Pessoa, na chapa. No entanto, foi voto vencido e por isso Pessoinha, como João é conhecido, deverá disputar a eleição de deputado estadual no bloco.

Teresa diz que estratégia tem que ser mantida (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica)

A vereadora Teresa Britto (PV) também não viu com bons olhos a tentativa do coronel de entrar na chapinha, cuja formação ela prefere chamar de "chapona", já que possui 10 partidos. De acordo com ela, o coronel tem uma grande estrutura e os pré-candidatos que já estavam nos partidos desde o início da formação do bloco seriam prejudicados com a entrada dele. Teresa diz que candidaturas de "figurões" quebram a estratégia da chapa.

"O grupo deliberou e eu acho que é uma posição justa, porque quem tem toda uma estrutura, trabalhou essa estrutura no governo, tem vantagem. Quem não sabe que esses secretários que se afastaram e são pré-candidatos estão com toda a máquina? Então não seria justo concorrer com todos nós que não temos essa estrutura que eles têm", analisou.

Valdemir Virgino também foi contra (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

O vereador Valdemir Virgino (PRP), pré-candidato a deputado estadual, seguiu a mesma linha. Ele lembrou que o bloco está fazendo uma chapa de resultados, com vistas a eleger três ou quatro deputados estaduais e um federal. Valdemir diz que não é justo novos pré-candidatos integrarem o bloco nessa altura do campeonato.

"Nós não aceitamos isso de forma nenhuma. Nós queremos manter nossa parceria com os partidos que a gente vinha trabalhando, principalmente na proporcionalidade para deputado estadual. Eu sou pré-candidato a deputado estadual e outros colegas também e a gente vai no mesmo nível. Nós estamos fazendo uma chapinha com cálculo matemático para que a coisa dê certo. Não podemos receber pessoas de fora para chegar lá apenas para ser candidato e levar a vaga", falou.

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