O deputado federal Assis Carvalho (PT-PI) apareceu na Assembleia Legislativa nesta quinta-feira (14) e comentou o placar que conseguiu reverter em um processo que responde no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1). Na ação, o petista havia sido condenado em primeira instância à perda dos direitos políticos por supostamente "fabricar" uma licitação quando foi secretário de Saúde do Estado do Piauí.

A desembargadora Rogéria Maria Castro Debelli havia votado pela condenação e deixou Assis numa situação difícil. Esta semana, o processo voltou à pauta na Terceira Turma do TRF-1, o petista virou o jogo que parecia complicado e colocou o placar para 2x1 a seu favor.

Ao comentar a virada, que ainda não é o resultado final, mas tornou a situação bem mais tranquila, Assis criticou a desembargadora que deu o voto contra ele e a acusou de agir politicamente por ser ligada ao deputado federal Aécio Neves, do PSDB de Minas Gerais.

"Eu nunca tive dúvida da minha inocência, salvo o voto da desembargadora Rogéria, que se aposentou, porque é um voto político ligado ao Aécio Neves. Foi um voto que já era contado daquele jeito. Ela votou numa semana e se aposentou na outra porque é uma pessoa muito ligada politicamente [ao Aécio] em Minas Gerais. Nós já sabíamos o voto dela. Fora o voto dela, qualquer magistrado que vê aquele meu processo me dá uma carta de idoneidade. Eu não tenho uma única culpa nesse processo", falou.

Como não houve unanimidade na Terceira Turma [são três desembargadores membros e o placar ficou 2x1], outros dois desembargadores serão chamados para votar e decidir de vez a questão, mas Assis garante não ter dúvida de que sairá vitorioso, conforme o placar parcial. "Fora o voto político da Rogéria, eu não tenho dúvida de nenhum outro magistrado. Qualquer um outro que avaliar o meu processo, a linha será aquela", concluiu.