APLAUSOS RENEGADOS

Conselheiro conteve euforia de sindicalistas (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica)

O Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE-PI) julgou nesta quinta-feira (6) uma ação movida pelo Sindicato dos Servidores Municipais (Sindserm) contra a Prefeitura de Teresina. A votação ficou empatada em 3x3 e o presidente Olavo Rebelo, responsável pelo desempate, pediu vista.

Durante a sessão, uma fala do conselheiro Delano Câmara agradou bastante aos servidores e membros do sindicato que assistiam ao julgamento. Empolgados, eles puxaram aplausos para a explanação do conselheiro. Mas a euforia foi contida logo em seguida.

“Não me deixo influenciar por aplausos de ninguém”, emendou Delano Câmara logo após as palmas ecoarem no plenário. Depois da reação do conselheiro, não se ouviu mais nenhum aplauso. A empolgação parou ali mesmo.

DELANO EXPLICA
Por meio de nota, o conselheiro explicou a reação e disse que não agiu com intenção de repreender a plateia presente à sessão, sobretudo os que o aplaudiram. Porém, para ele, o julgamento não é um ato político, que mereça manifestações de aprovação ou desaprovação traduzidas por meio de aplausos ou de vaias. 

“O julgamento é um ato técnico, que exige responsabilidade, conhecimento e sobretudo imparcialidade do julgador. Portanto, não pode o juiz se achar merecedor de aplausos no ato de julgar. Tribunal não é palanque, é um local onde se julga questões técnicas e cujas decisões vão agradar uma das partes e desagradar a outra. Desta forma, o juiz não pode se deixar influenciar nem por aplausos, quando sua decisão agradar, nem por vaias, quando desagradar”, justificou.

A explicação do conselheiro foi acrescentada à publicação às 16h31.

Comente aqui