A EXPECTATIVA DE VEREADORAS ELEITAS AINDA É BAIXA

O baixo número de mulheres em cargos políticos ainda é uma realidade nacional (Foto: Jailson Soares/PolíticaDinâmica.com)

Por Ananda Oliveira e Marcos Melo

Na reta final da campanha eleitoral, os eleitores e candidatos começam a fazer um balanço das propostas e acontecimentos que marcaram este período. Atualmente, apenas seis mulheres compõem a Câmara de Vereadores de Teresina. Para o pleito de 2016, segundo estatísticas do Tribunal Superior Eleitoral, 605 pessoas candidataram-se à vaga para parlamentar em Teresina, dentre as quais o percentual feminino corresponde à 30,37% ou 188 mulheres. Esse dado já fala muito e demonstra contradições: as mulheres são maioria e somam 55% do eleitorado teresinense, ao passo que os homens correspondem a 45% deste. Há, portanto, carência de representatividade feminina entre os vereadores da capital.

A expectativa de crescimento do número de mulheres para o mandato que entrará em vigor a partir de janeiro de 2017 também é pequena. Isto ocorre por dois motivos: a relação entre as candidaturas para este pleito é desigual, como já foi apontado, e uma das vereadoras não concorre à reeleição. Rosário Bezerra (PT) é servidora pública da Fundação Cepro de onde se licenciou para exercer o Parlamento. Foi eleita vereadora pela primeira vez em 2008 como a mais votada do seu partido, está atualmente em seu segundo mandato, mas não é candidata nessa eleição.

Celene Fernandes (PRP), Cida Santiago (PHS), Graça Amorim (PMB), Teresa Britto (PV) e Teresina Medeiros (PSL) permanecem na disputa. No entanto, as coligações escolhidas são complicadas para somar a quantidade de votos necessária. Além disso, questões como voto contra a obrigatoriedade do ar-condicionado no transporte público da capital e o polêmico projeto de lei contra o debate de gênero nas escolas depõem contra as vereadoras em questão.

Quem são, então, as mulheres com possibilidade de ocupar a Câmara a partir de 2017? Entre os nomes com grande repercussão entre o eleitorado existem diferentes perfis. Luciana Sebin (PSDB) defende propostas para saúde; Celina Tourinho (PDT) é psicóloga com projetos para o empreendedorismo; Fabíola Lemos (PT) desponta como representante das questões de gênero; Rubenita Lessa (PSC) é nome forte na ala conservadora. Já a advogada Graça Amorim (PMB) e Teresa Britto (PV), em seu terceiro mandato, estão entre as apostas para reeleição.

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