O clima na reunião realizada na noite desta quinta-feira (13) entre o governador Wellington Dias (PT) e os líderes dos partidos da base aliada foi de disputa. As sigla iniciaram uma verdadeira batalha pela vaga de vice-governador e de senador, que hoje é ocupada pela senadora Regina Sousa (PT).
O PMDB tem se sentido ameaçado e já analisa a possibilidade de perder a indicação do nome do deputado Themístocles Filho para a vice. A pressão do PP do senador Ciro Nogueira (PP) é grande e preocupa.
O partido foi para a reunião levando um importante recado para o governador e aliados. Se o partido não tiver a vaga de vice, deve marchar com a oposição. “É a vice ou nada”, disse o líder da legenda na Assembleia Legislativa, deputado João Madison.
Do outro lado, Ciro é uma ameaça constante ao PMDB. O senador se reuniu com o prefeito de Teresina, Firmino Filho (PSDB). A esposa do tucano, Lucy Silveira, é filiada ao PP. Ela é vista como uma das opções de Ciro para indicar como vice de Wellington Dias.
O PP ficaria com duas vagas na chapa. Ciro concorrendo à reeleição e Lucy como vice. Para recompensar o PMDB, o partido ficaria com a vaga de senador que hoje é ocupada pela senadora Regina Sousa (PT). Essa possibilidade é rejeitada tanto pelo PMDB quanto pelo PT.
O Partido dos Trabalhadores reluta em abrir mão da vaga de Regina. Mas o descontentamento petista não é a maior preocupação de Wellington. A maior pedra no sapato do governador é o PMDB. Ele terá que apresentar uma boa proposta para convencer Themístocles Filho a abrir mão da vice.
A reunião na casa do governador mostrou que o clima na base não é dos melhores. Wellington terá trabalho para acomodar os principais aliados nas quatros vagas da chapa majoritária. É chegada a hora dele mostrar porque é conhecido como um dos maiores articulistas políticos do estado ou correrá o grande risco de perder aliados importantes. A insatisfação do PMDB é uma ameaça real.
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