Os três senadores do Piauí devem manter o voto em relação ao processo de impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff (PT). Dos piauienses, o presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, será o único a votar a favor do afastamento.
Ciro tem forte relação com o presidente interino Michel Temer (PMDB) e trabalha para ter no governo do peemedebista, o mesmo poder que teve na era Dilma. Ciro era considerado um grande aliado da presidente, mas Temer não teve dificuldades para ganhar o apoio do senador piauiense. “O impeachment é um processo consolidado. O presidente Michel Temer deve contar com 60 votos”, disse Ciro.
Segundo informações de bastidores, senador do PP buscaria o apoio de Temer visando a eleição de 2018. No Piauí, Ciro pode se unir ao PMDB para lançar um candidato de oposição ao governador Wellington Dias (PT). O apoio ao impeachment deixou arranhada a relação entre os dois. O rompimento é esperado na próxima eleição.
MANTÉM VOTO
O voto do senador Elmano Ferrer (PTB) também não é mais mistério. Ele chegou a conversar com Michel Temer (PMDB), mas as investidas do presidente não obtiveram sucesso. Aliado do PT em Teresina, Elmano votará contra o impeachment.
O candidato do PTB a prefeito da capital, Amadeu Campos, precisa do apoio do PT para tentar a vitória. Se Elmano votar pelo impeachment terá que enfrentar a ira petista. O senador nega, mas o voto envolveria também as negociações políticas na capital. “Minha decisão foi tomada por convicção depois de analisar todo o processo. Não foi pressão política”, comentou.
DISCURSO DE GOLPE
A senadora Regina Sousa (PT) mantém o discurso de “golpe”. Como os demais parlamentares do PT, a piauiense lutou para tentar “interferir” na posição de alguns senadores indecisos, mas não obteve muito sucesso. Regina e o PT terão que buscar uma recolocação no cenário político nacional depois do impeachment. Alguns petistas, temem o esvaziamento da legenda.
A piauiense acusa o Judiciário, o Congresso e a mídia de terem orquestrado o “golpe” contra a presidente do PT. “Foi uma engenharia política muito bem feita – temos de admitir – que culminou na criminalização de uma presidenta que não cometeu crime nenhum, nem de corrupção nem de responsabilidade fiscal”, afirma.
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