O deputado federal Marcelo Castro (PMDB) culpa o sistema eleitoral do Brasil pela corrupção. Ele defende urgência na reforma política e diz que o financiamento das campanhas é o maior mal do país.

“Acho que nosso sistema eleitoral demonstrou que é um sistema ultrapassado e exaurido. A demonstração dessa imensa corrupção que existe no Brasil, sem nenhuma dúvida, tem inúmeras causas, mas a principal, é o financiamento das campanhas. Digo isso porque todas as delações feitas até hoje – Odebrecht, OAS e JBS – falam que as transferências de recursos ocorriam no período eleitoral. São campanhas supercaras que levam a um financiamento exagerado e em consequência disso ao caixa dois e a corrupção”, afirmou.

Marcelo afirma que se a reforma política for aprovada no Congresso deverá passar a valer o “distritão” para a eleição de 2018. “Sempre faço pesquisas e elas mostram que o sistema que tem mais apoio no Congresso para 2018 é distritão. Seria eleito o parlamentar mais votado, independentemente de partido. O Piauí tem 10 deputados federais e 30 deputados estaduais. Os 10 mais votados e os 30 mais votados seriam eleitos em 2018”, afirmou.

Para o deputado do PMDB, o melhor sistema para o país seria o distrital misto. “Precisamos mudar o sistema eleitoral. Tentamos isso há 30 anos e nunca conseguimos. Existe no Congresso Nacional uma tendência, nada certa, de implantarmos o melhor sistema eleitoral do mundo que é o distrital misto. A metade dos deputados seriam eleitos no distrito e a outra metade pela lista pré-ordenada, que chamam de lista fechada. Isso seria para 2022 porque estamos muito próximo da eleição e não teríamos tempo para implantar os distritos. Em 2022 já seria o distrital misto. Isso é uma construção que se tenta fazer”, afirmou.