Considerado um dos grandes nomes do empreendedorismo no Piauí, o empresário e ex-secretário de Turismo Silvio Leite afirma que o Estado precisa dar um salto. Segundo ele, é necessário que se tenha um gestor com visão de futuro e que coloque o Piauí no caminho do crescimento, assim como ocorreu com Pernambuco e Ceará.

“O Piauí precisa dar um salto. Tem os vizinhos, como o Ceará, que é um exemplo de crescimento com projetos estruturantes. Mas o Piauí tem uma riqueza enorme e que precisa ser trabalhada. Não necessariamente [o governador] precisa ser um empresário, mas precisa que tenha uma visão. Visão de futuro, de emprego e do negócio”, falou.

Questionado, então, se falta atualmente um gestor com essa visão de futuro, o empresário desconversou, disse que cada governador fez uma parte, mas é necessário que haja mais gestão do que política. Segundo ele, no Brasil se vê muita política e não sobra tempo para a gestão. Silvio revela que tem vivido muito fora do Piauí nos últimos anos, mas entende que existe muita coisa por fazer para mudar a realidade do Estado.

Questionado qual seria o perfil ideal de gestor para o Piauí, ele disse que gosta da gestão de Wellington Dias, mas destacou que “muita gente também pode contribuir”. Ele lembrou que um estado que tem a fronteira agrícola na região Cerrados e tantas outras potencialidades não pode ficar na atual situação e precisa avançar em desenvolvimento.

AEROPORTO DE SÃO RAIMUNDO NONATO
Silvio Leite também falou sobre o aeroporto internacional de São Raimundo Nonato, do qual participou da construção quando era secretário de Turismo. Ele disse que a dificuldade de colocar o aeroporto para funcionar não é um problema exclusivo do Piauí e defende que o Estado se una a outras unidades da federação para dar utilidade à obra.

“Precisava fazer o aeroporto e o aeroporto está lá. Agora precisa usar. O Piauí precisa se juntar a outros estados e isso foi uma bandeira minha como secretário. Empresa nenhuma vai se manter voando só no Piauí. Ela vai ser rentável no dia que ela voar integrando Teresina, Picos, São Raimundo Nonato, Barreiras-BA, Brasília, etc. Tinha que juntar o Nordeste e criar sua aviação regional”, disse.