ROBERT QUER RESPOSTA DO PDT SOBRE REPASSE DA JBS

Deputado quer satisfação do partido (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

O deputado estadual Robert Rios (PDT) falou nesta terça-feira (23) sobre a presença de políticos do partido dele na lista de piauienses que receberam dinheiro da JBS na campanha de 2014. Conforme o delator Ricardo Saud, parte do dinheiro destinado a políticos até foi registrada na Justiça Eleitoral, mas tratava-se de propina negociada com os partidos.

Do PDT de Robert Rios estão o presidente estadual Flávio Nogueira, que disputou a eleição de deputado federal, e seu filho Flávio Nogueira Júnior, eleito deputado estadual. Conforme a relação entregue pela JBS à Procuradoria-Geral da República, o pai recebeu R$ 100 mil e o filho recebeu R$ 35 mil para a campanha.

“Eu não conversei com eles e quero ver que tipo de recebimento foi esse, se foi legal ou ilegal, porque a vida toda no Brasil os empresários financiaram as políticas. Eu quero primeiro conversar com o partido. Eu estou na oposição e meu nome não está envolvido nisso. Eu não recebi nada. Não foi o partido todo porque eu não recebi”, disse.

PONDERAÇÃO
Robert preferiu amenizar a situação dos piauienses e disse que eles sequer conheciam os delatores e não tinham intimidade com eles. O parlamentar lembra que o dinheiro certamente foi repassado pelos diretórios nacionais aos estados e por isso é provável que os candidatos locais que receberam a doação não sabiam da origem.

“Pegue o caso do PT, por exemplo. Cada deputado do PT recebeu R$ 3.179, igualmente. Isso leva você a imaginar que eles [empresários] deram uma ajuda ao diretório nacional e este repassou aos diretórios estaduais que dividiam igualmente. Então esse candidato não tem a menor condição de recompensar os empresários”, disse.

Deputado Flávio Nogueira Júnior se manifesta (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

Procurado pelo Política Dinâmica, o diretório estadual do PDT, por meio do deputado Flávio Nogueira Júnior, informou que todas as doações recebidas pelo partido no Piauí foram lícitas, em cheques nominais e devidamente dentro da lei. Segundo ele, não existiu dinheiro "por fora", o chamado Caixa 2. Flávio Júnior disse que a direção nacional do PDT enviou o dinheiro para o Piauí na forma da lei e tudo foi gasto respeitando a legislação eleitoral.

Ainda conforme Flávio, a direção nacional do partido tinha a obrigação de informar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a origem do dinheiro e assim foi feito. Ele ainda lembrou que até pouco tempo as doações de empresas eram legais, desde que fossem feitas em cheque e com posterior prestação de contas, assim como sustenta ter sido feito. O parlamentar concluiu dizendo que tudo pode ser confirmado no site do TSE.

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