PREFEITO DO PSB RECLAMA DA FALTA DE ASSISTÊNCIA DO GOVERNO

Prefeito Didiu alega falta de apoio do governo (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

O prefeito da cidade de Paulistana, Didiu (PSB), disse que está sendo pressionado pela população devido as dificuldades de abastecimento de água. Segundo ele, a Defesa Civil estadual não mantém carros-pipa no município e a própria prefeitura vem sendo cobrada para colocar água para a população. Por lá, apenas caminhões da operação pipa do Exército auxiliam no abastecimento.

“A preocupação é muito grande. Neste mês de junho eu já estou passando muita pressão da população para colocar água pela prefeitura, mas a prefeitura não tem condições. O governo do estado não tem colocado carros-pipa no município de Paulistana, de jeito nenhum. Essa é a verdade. Se colocasse pelo menos uns 10 ou 15 carros-pipa já ajudava um pouco”, disse.

Prefeitos em reunião sobre a crise hídrica no 25º BC (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica)

Didiu ainda falou sobre o decreto de racionamento de água que será editado pelo governo estadual, conforme anunciado pelo governador esta semana. O gestor disse que viu na imprensa uma lista com as cidades que serão incluídas no decreto e Paulistana está de fora. O racionamento não é motivo para se orgulhar, mas o prefeito alega que a cidade enfrenta exatamente as mesmas dificuldades daquelas que terão que racionar água por tempo indeterminado.

“Falaram em Jacobina, Queimada Nova, Acauã, Betânia, mas Paulistana que fica no meio não falaram, parecendo assim que Paulistana está um mar de rosas, e não é verdade. Na realidade Paulistana tem muita água na cidade, devido ao açude Ingazeiras, só que essa água não serve para consumo humano, porque todo o esgotamento da sede corre pra dentro. E no interior não tem água de jeito nenhum. Todas as barragens estão secas. Então não sei porque colocaram todos os municípios da microrregião e Paulistana não colocaram”, falou.

OUTRO LADO
Procurada pelo Política Dinâmica, a Secretaria de Defesa Civil do Piauí informou que a cidade de Paulistana não está sendo atendida porque o decreto de emergência do município não foi reconhecido pelo Ministério da Integração Nacional. A assessoria disse ainda que, além de decretar emergência, o município deve repassar uma série de informações ao Ministério para que ocorra o reconhecimento.

Sobre o racionamento de água, a Defesa Civil informou que o decreto anunciado pelo governo ainda não foi editado e que até agora não se pode afirmar que Paulistana ficará de fora. A assessoria finalizou dizendo que se forem consideradas as características do município e os níveis dos reservatórios da região, a cidade deve sim entrar no racionamento.

Comente aqui