MÁDISON DIZ QUE LISTA FECHADA CRIA OLIGARQUIAS

Parlamentar não concorda com modelo de lista (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

O deputado estadual João Mádison (PMDB) discorda totalmente do sistema de lista fechada em discussão na reforma política. Ao contrário do seu colega de partido, o deputado federal Marcelo Castro, que defende veementemente o sistema de lista conjugado com o distrital, Mádison condena o modelo e diz que ele favorece a criação de oligarquias. O parlamentar fala que seria até beneficiado com a lista fechada, mas se mostra contra mesmo assim.

“O brasileiro vota é no candidato e não no partido. Primeiro, a lista fechada só dá certo em países que adotam o sistema parlamentarista e não é o caso do Brasil. Segundo, nós vamos criar uma oligarquia, porque quem entra numa lista nunca vai sair, pois quem vai votar são os delegados. O eleitor vai votar numa lista pré-ordenada que o partido vai mandar. Eu acho que isso tira o direito do eleitor escolher o seu candidato”, falou.

Conforme o deputado, muitos políticos que hoje não têm uma ficha boa e que não estão trabalhando pelo bem da sociedade podem entrar em primeiro lugar na lista, dificultando a entrada de novas lideranças que pudessem renovar a política. João Mádison disse que respeita a posição do deputado federal Marcelo Castro, mas não concorda com a ideia.

“Ainda não fui convencido que essa lista é o melhor para país. O deputado Marcelo é um homem inteligente e eu o respeito muito. Mas não fui convencido. Se a lista vier, para mim será ótimo, mas eu sou contra porque acho que não existe renovação partidária”, finalizou.

Marcelo Castro defende a lista (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

Nesta segunda-feira (3), o deputado Marcelo Castro participou de audiência pública sobre a reforma política na Assembleia Legislativa do Piauí. No evento, ele defendeu o sistema distrital misto existente na Alemanha. Nesse modelo, são conjugados dois sistemas: o majoritário distrital e o proporcional de lista. No distrital, o estado seria dividido em distritos eleitorais, de onde sairia metade dos deputados. A outra metade seria eleita através da lista ordenada pelos partidos.

Comente aqui