O secretário nacional de Estruturação do Turismo, Henrique Pires (PMDB), disse na segunda-feira (15) que a proposta de lista fechada em discussão na reforma política é uma imoralidade eleitoral. Por conta disso, ele torce para que ela não passe no Congresso.

“[Ela serve] para esconder pessoas e expor outras. Lista fechada nesse momento no Brasil é trabalhar contra a população”, falou.

Com essa afirmação, Henrique, querendo ou não, ele atinge em cheio o próprio companheiro de partido, o deputado federal Marcelo Castro, presidente do PMDB no Piauí. Castro é um dos mais ferrenhos defensores da lista fechada conjugada com o sistema distrital misto.

NOTAS

GRATIDÃO DE TEMER
O presidente Michel Temer (PMDB) mandou até cartão de agradecimento para os deputados federais que votaram a favor da reforma trabalhista na Câmara. Do Piauí, nove parlamentares receberam a mensagem do Planalto. Foi um mimo presidencial.

SEM CARTÃO
Como votou contra a reforma, o deputado Assis Carvalho (PT) obviamente não recebeu o cartão. Certamente ele não se sentiu desprestigiado, pois com a popularidade tão pífia do presidente, pode-se considerar isso até um privilégio.

INTERCESSÃO DIVINA
As obras do Centro de Convenções de Teresina se arrastam há 10 anos e muita gente já prometeu concluí-las. Agora, mais um promete: Henrique Pires, recém nomeado na Secretaria Nacional de Estruturação do Turismo, diz que a obra será inaugurada com a “graça de Deus”. A Bíblia fala que não se pode usar o nome de Deus em vão.

SÓ ESPAÇOS
Pires, que é da ala de João Henrique no PMDB, disse que não existe aliança do partido com Wellington Dias (PT) para 2018. Segundo ele, nada está fechado e apenas espaços foram dados para alguns peemedebistas no governo do petista. Pode até ser, mas em política não existe aliança sem espaços.

GOSTOU DA COISA
O cantor e deputado estadual Francis Lopes (PRP) vai disputar a reeleição em 2018. Ele ficou na sexta suplência em 2014 e assumiu o mandato. Pessoas ligadas ao artista dizem que ele teria tido melhor desempenho naquele ano se tivesse divulgado melhor a candidatura. Agora, eles garantem que Francis aprendeu como se faz.

FÃS E ELEITORES
Na campanha de 2014, muita gente chegava até Francis e revelava ser fã dele. Apesar disso, o cantor não fazia muito esforço para transformar o fã também em eleitor. Após assumir o mandato e descobrir as macetes da política, ele vai tentar unir o útil ao agradável.